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Justiça Domingo, 26 de Fevereiro de 2017, 08:50 - A | A

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Domingo, 26 de Fevereiro de 2017, 08h:50 - A | A

SEM JULGAMENTO

Duplo homicídio em casa de câmbio completa três anos sem julgamento de policial

JESSICA BACHEGA

Três anos se passaram de um dos crimes que ficará marcado por muito tempo na história de Cuiabá. Conhecido como "Crime da Casa de Câmbio", o que mais intriga nesse caso depois das duas mortes é a morosidade da Justiça em condenar ou absolver o policial militar, que ao atirar num ladrão acabou matando um companheiro de farda e uma atendente do local invadido.

 

São três anos de saudade para os familiares de jovem Karina Fernandes Gomes e do soldado da Polícia Militar Danilo Cesar Fernandes Rodrigues, mortos em 24 de fevereiro de 2014, na agência instalada na Avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá. 

 

Marcos Lopes/HiperNotícias

assaltante/policia/casa de câmbio/PM/Câmbio Rápido

 Local do crime

As homenagens de familiares e amigos marcam  a data de um crime que continua sem solução. O acusado de atirar contra as vítimas, o soldado da Polícia Militar Leandro Almeida De Souza, ainda não foi julgado pelos sete tiros disparos naquela tarde e que acabaram com os planos de vida da atendente da Casa de Câmbio Rápido e do companheiro de corporação.

 

Esta semana a irmã de Karina traduziu seu sentimento de perda em uma breve homenagem em rede social, na qual vários amigos da vítima também deixaram descrita sua saudade.

 

“Saudade mana. Muitaaaa saudade. Você me faz muita falta. Todo instante. Seu brilho, seu sorriso, seu companheirismo. Te amo muito”, escreveu Dantielle Venturini.

 

No ano de 2015 foram realizadas audiências de instrução onde testemunhas e os acusados foram ouvidos. No entanto, em consulta ao site do Tribunal de Justiça (TJMT) o último andamento processual data de março de 2016. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) em fevereiro de 2014.

 

O crime

Marcos Lopes/HiperNotícias

Audiência/Caso/Casa de Câmbio/Forum

 Edilson confessou o crime e foi cumpre pena de 13 anos na PCE

A tragédia ocorreu durante o dia 25 de fevereiro de 2014, na Casa de Câmbio situada na Avenida Getúlio Vargas, na região central da de Cuiabá. O suspeito Edilson Pedroso da Silva entrou armado no estabelecimento para praticar o roubo. No entanto ele foi surpreendido pelos policiais que já estavam no local.

 

Em seu depoimento, o réu Leandro afirmou que ele o a vítima Danilo, estavam na Casa de Câmbio para beber água e usar o banheiro. Informou que só atirou após perceber que o suspeito estava armado.  Edilson foi atingido por dois tidos de raspão e fugiu do local, ferido. Ele fugiu e foi preso dois dias depois na comunidade Baús, em Acorizal (distante 62 km de Cuiabá).

 

Foram disparados nove tiros no local, que acertaram também Danilo que morreu no Hospital e Karina que morreu na hora. Em perícia nos projetis deflagrados foi atestado que todos partiram da arma do soldado Leandro. Nenhum disparo foi efetuado pelo assaltante no estabelecimento.

 

Ainda em 2014, Edilson foi condenado a 13 anos de prisão e encontra-se recluso na Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá.

 

Em sua oitiva, Edilson afirmou que foi influenciado por um colega a cometer o crime. Ele estava desempregado e com a esposa gestante. O roubo parecia uma saída para conseguir dinheiro rápido. Ele afirmou ainda que achou que o local se tratava de uma casa lotérica e que os policiais eram segurança. Ele se assustou ao ver as armas e sacou também sua arma, mas não atirou.

 

Policial afastado

Reprodução/HiperNoticias

caso casa de cambio

 A atendente Karina e o policial Danilo foram mortos pelo PM Leandro

Desde o crime, o policial Leandro foi afastado dos trabalhos de campo. Ele está atuando no setor administrativo no Comando Geral da Polícia Militar. Somente após a sentença sobre o duplo homicídio é que a corregedoria irá instaurar procedimento que poderá resultar em sua expulsão da corporação. 

Em depoimento ele afirmou que nunca tinha atirado em situação fora dos cursos oferecidos pela polícia. 

“Eu nunca passei por nenhuma reciclagem de carreira. Sou PM por mais de três anos e só atirei durante o curso de formação”, disse Leandro em um de seus depoimentos em 2015.

 

Silêncio

Desde que ocorreu o crime onde a jovem Karina foi morta, sua família não comentou publicamente o caso. As homenagens nas redes são a manifestação aberta da saudade, no entanto nunca houve manifestação sobre o crime e sobre a morosidade para a resolução do caso.

 

Após três anos do fato, a irmã da vítima Karina foi procurada, mas preferiu não falar sobre o assunto.

 

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