Um enfermeiro que atendeu Lilian Calixto — paciente de 46 anos que morreu após bioplastia realizada por Denis Furtado, o Doutor Bumbum — afirmou que o médico ficou apenas poucos minutos com a paciente internada no hospital, mesmo podendo ter permanecido o tempo todo ao lado dela. A testemunha prestou depoimento à Justiça nessa terça-feira (16), durante audiência realizada na 1ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.
De acordo com a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça, esse enfermeiro, funcionário do hospital para onde Lilian foi levada após passar mal, afirmou que a mulher chegou à unidade com náuseas, pressão arterial muito baixa e dificuldade de respirar. Segundo a testemunha, a paciente falou para ele que havia acabado de fazer a bioplastia nos glúteos.
Ainda de acordo com o rapaz, o Doutor Bumbum chegou momentos depois de Lilian dar entrada no hospital. A mulher ainda pediu a funcionários do hospital que seus pertences fossem entregues a ele. Denis ficou poucos minutos junto à paciente e foi embora. Como médico, ele poderia ter ficado ao lado dela o tempo todo.
Outra testemunha de acusação ouvida foi um policial civil. Segundo o homem, ele se identificou assim que viu Doutor Bumbum dentro de um carro e, nesse momento, o médico acelerou e fugiu. Ele e a mãe, Maria de Fátima Furtado, que também é ré no processo, só se entregaram quatro dias depois.
Participaram do interrogatório a juíza responsável, o promotor e os advogados envolvidos. Doutor Bumbum chegou ao Tribunal de Justiça do Rio por volta das 13h30 e não quis falar com a imprensa.
A namorada dele, Renata Cirne, também responde ao processo. Ela pediu para não participar do interrogatório e a juíza a liberou. Também foram ouvidas mais duas testemunhas de acusação e uma de defesa.
Lilian morreu na madrugada do dia 15 de julho do ano passado por causa de uma embolia pulmonar, um dia após Denis ter injetado em seus glúteos a substância PMMA, derivada do acrílico
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