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Justiça Quarta-feira, 20 de Abril de 2022, 22:07 - A | A

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Quarta-feira, 20 de Abril de 2022, 22h:07 - A | A

OPERAÇÃO DESCOBRIMENTO

Cunhado de Mauro Carvalho é um dos alvos de operação sobre tráfico internacional de cocaína

O envolvimento do cunhado de Mauro Carvalho estaria relacionado à proximidade dele com Rowles Magalhães, ex-assessor especial da Vice-Governadoria do Estado e apontado como líder da organização

RAYNNA NICOLAS
Da Redação

Decisão do juiz Fábio Roque da Silva Araújo, da Justiça Federal, levanta suspeita de envolvimento do médico Fernando Gabriel Padilla de Borbon Neves em organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas. Na última terça-feira (19) agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram mandado de busca e apreensão na casa do médico, que é cunhado do ex-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho. Na mesma ocasião, mandado de prisão recaiu sobre o  ex-secretário de Ciências e Tecnologia e Inovação de Mato Grosso (Seciteci), Nilton Borgato. Tanto Carvalho, como Borgato deixaram o staff do governo no início do mês para atuarem em projetos eleitorais.

O envolvimento do cunhado de Mauro Carvalho, entretanto, estaria relacionado à proximidade dele com Rowles Magalhães, ex-assessor especial da Vice-Governadoria do Estado e apontado como líder da organização. Segundo narra o juiz Fábio Roque da Silva Araújo, a PF identificou diversas transações bancárias de entrada e saída entre Fernando Neves e Rowles Magalhães. Os dois mantiveram empresa juntos, com cadastro suspenso na Receita Federal desde março de 2021.

Além das transações em nome de Rowles, o médico Fernando Gabriel Padilla de Borbon Neves também teria se beneficiado de depósitos atribuídos a outro membro da organização criminosa, Marcelo Lucena. Segundo a PF, entre janeiro e fevereiro de 2021, Fernando Gabriel recebeu R$ 155 mil de Lucena. Em agosto de 2020, ele teria enviado R$ 50 mil ao membro da organização. 

"Mediante a quebra dos dados telemáticos, chegou-se a muitas conversas entre FERNANDO e ROWLES, demonstrando uma relação próxima entre os dois. Como bem asseverou a Polícia Federal as transferências bancárias, investimentos conjuntos devem ser melhor investigados para se descobrir, ou não, envolvimento do FERNANDO GABRIEL com os crimes investigados nos autos, principalmente com o crime de lavagem de capitais", diz trecho da decisão. 

A OPERAÇÃO

As investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador para abastecimento. Após ser inspecionado, foram encontrados 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.

A partir da apreensão, a Polícia Federal conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).

As medidas judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça portuguesa.

A Justiça brasileira também decretou medidas patrimoniais de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias usadas pelos investigados.

No curso das investigações, a PF contou com a colaboração da DEA (Drug Enforcement Administration - Agência norte-americana de combate às drogas), da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária Portuguesa e do Ministério Público Federal.

 

OUTRO LADO

O HNT tentou localizar o médico Fernando Gabriel Padilla de Borbon Neves, mas não conseguiu. Já o ex-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho foi procurado, mas não retornou contato até o fechamento da reportagem. O espaço segue aberto.

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