O bairro Pedra 90 aparece novamente nos estudos da Secretaria de Segurança Pública como o bairro mais violento da região metropolitana de Cuiabá no que tange a homicídio.
Dos 320 assassinatos que ocorreram, 13 aconteceram lá. O bairro é seguido pelo Três Barras que teve 11 mortes durante todo o ano.
Segundo informações da Polícia Civil, a maioria dos assassinatos em Cuiabá ocorreu no domingo e na quinta-feira, quando foram realizados eventos na praça do bairro e pontos de encontros pela Avenida Newton Rabelo de Castro. Os horários com maior registro foi das 18h às 21h e da meia-noite às 3h.
Para o presidente do bairro, Marcos Baiano, apesar de dados crescentes e que colocam o bairro em destaque negativo, o local é considerado um dos melhores para se viver. "Tivemos um aumento de policiais no bairro e várias viaturas chegaram. Teve ano aqui que tivemos mais de 20 mortes. Queremos pedir ajuda do governo, para que ele invista mais aqui. É bastante populoso e por isso os números aparecem, mas é um dos melhores para se viver em Cuiabá", disse Baiano.
Apesar da taxa de homicídio demonstrar que o bairro está na linha vermelha do crime, o Pedra 90 nem aparece entre os dez que são mais violentos quando o assunto é roubo a residência ou roubo comercial. Famílias passam mais terror nas mãos de bandidos nos bairros Boa Esperança e Santa Rosa e sobre roubo ao comércio a região central é a mais atacada.
O morador Antônio Fernandes Saítol, 49 anos, disse que mora no Pedra 90 desde 1999 e conta que antigamente a situação era mais precária. Agora, apesar de ser o mais violento, é o lugar que ele quer montar sua empresa e trabalhar com a família. "Ixe, isso aqui já mudou muito. O Pedra 90 hoje é paraíso. Infelizmente quem morre aqui tem alguma rixa ou envolvimento com drogas. Para quem é de bem, aqui é o melhor lugar para morar e trabalhar. Aqui ainda vou montar meu próprio negócio", disse o morador.
Entre os homicídios que mais chamaram atenção dos moradores está a morte da travesti Érick Rafik Pinto de Arruda, de 30 anos. Ela foi morta a tiros em agosto de 2016 dentro de sua residência, na rua 28 do bairro.
A vítima foi encontrada deitada no sofá com um corte no pescoço e duas facadas, sendo uma tórax e outra próximo a axila esquerda. De acordo com policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), o crime foi motivado por uma dívida de R$ 20 com um traficante da região.
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