O advogado Vítor Alípio afirmou que irá mover ação reparatória a fim de ouvir os responsáveis pelas escutas ilegais do qual seu cliente, Mario Edmundo Costa Marques Filho, foi um dos alvos em esquema conhecido como “barriga de aluguel”. O jurista ainda recomenda que os promotores e juiz, assim como os policiais militares, sejam investigados.
O escândalo de escutas telefônicas veio à tona há algumas semanas e aponta que policiais militares infiltraram nomes de políticos, jornalistas, médicos e advogados em uma lista de suspeitos de tráfico a fim de conseguir autorização para interceptações telefônicas nos números dos referidos acusados e também nos demais nomes que não tinham ligação com o crime.
As escutas teriam sido feitas por meio do sistema guardião, usado pelo Ministério Público Estadual (MPE), Polícia Civil e Polícia Federal. Por contas das acusações de irregularidades ganharam repercussão nacional e levou à prisão do coronel Zaqueu Barbosa e cabo Gerson Luiz Ferreira.
Conforme o advogado Vitor Alívio seu cliente já foi servidor da Assembleia Legislativa (AL), no entanto está afastado da função há mais de 10 anos. Alípio ressalta ainda que dois números telefônicos ligados à vítima foram alvos de interceptações clandestinas.
Por meio de nota, o defensor contou que Mario Marques soube pela imprensa que tinha sido alvo de grampos e que recebeu a notícias com grande surpresa.
“O mais intrigante, é que não há qualquer justificativa aparente para essa ingerência estatal na privacidade sua e da sua mulher, com a verdadeira devassa da intimidade do casal”, frisa o advogado.
Alípio ressalta ainda que seu cliente é contador e não tem nenhuma relação política, não tem cargo público e não é investigado. Enfatiza que tais ações ilegais são gravíssimas e que devem ser investigadas com rigor.
“Ainda, entendemos, que além dos supostos policiais envolvidos na prática criminosa, é dever do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso apurar, na esfera criminal, a conduta de promotores de Justiça e de juízes, até porque, das duas, uma: ou os promotores de justiça e magistrados que estiveram ligados ao caso foram coniventes, ou são eles incompetentes”, aponta.
O advogado afirma que espera que o Judiciário se empenhe na elucidação dos fatos e que os responsáveis sejam devidamente punidos.
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