A juíza Mônica Perri, da Primeira Vara Criminal de Cuiabá, condenou o réu Marcos Paulo Liberato da Silva à pena de 19 anos e 06 meses de reclusão, no regime inicialmente fechado. O homem, acusado de matar de forma brutal a jovem Lucinete Maria da Silva no ano de 2017, foi submetido a júri popular na tarde desta terça-feira (11).
O Ministério Público Estadual (MPE) requereu a condenação do réu pelos crimes de feminicídio e estupro . Em seguida a defesa tentou impugnar o quesito crime de estupro.
De acordo com o documento a defesa manifestou no seguinte sentido: “Foi inserido pela juíza presidente do Tribunal do Júri o quesito sobre o crime de estupro para os jurados votarem. Acontece que a questão tem que seguir nos mesmos termos o que está que está previsto na sentença prolatada pelo juízo na fase do sumário de culpa, e salvo melhor juízo essa tipificação penal, o que não consta descrita na sentença de pronúncia prolatada pelo Magistrado da 12ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá/MT.”
A juíza rejeitou o pedido de impugnação. “O réu, uma vez pronunciado pelo crime doloso contra a vida também estará automaticamente pronunciado pelo crime conexo”.
Após a apresentação das teses de acusação e defesa, os membros do Conselho de Sentença votaram pela condenação do acusado. Ele deve cumprir a pena em regime fechado.
O réu está preso há um ano e dois meses e a sentença ainda cabe recurso.
O caso
O crime chocou a população cuiabana e, até hoje, é considerado um dos casos de feminicídio mais brutais registrados em Mato Grosso.
O réu e a vítima ingeriam bebidas alcoólica e faziam uso de entorpecentes na casa de amigos;. Aproveitando a oportunidade ele a convidou para ir até à sua residência.
Lá chegando, o acusado desferiu golpe de enxada na cabeça de Lucinete, utilizando um fio elétrico amarrou seus braços e suas pernas com um cabo de ferro elétrico. Ele ainda manteve relações sexuais com a vítima. O acusado tapou a boca da vítima com uma fronha ao ponto de causar a morte por asfixia.
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