Os advogados do ex-vereador João Emanuel vão requerer investigação quanto ao suposto vazamento de informações sobre o depoimento do réu na Operação Castelo de Areia, Walter Dias Magalhaes. A defesa alega que o conteúdo foi divulgado na mídia antes deles terem acesso ao documento.
O vazamento das informações foram questionados ao delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) durante seu depoimento nesta sexta-feira (10). O policial informou que tais informações não foram repassadas pela gerência.
As informações questionadas pelos advogados Edézio Moreira, Lázaro Moreira de Lima e Irênio Fernandes de Lima são referentes a um recado que João Emanuel Moreira, supostamente, teria encaminhado para Walter, dentro do Centro de Ressocialização da Capital (CRC), no qual dizia que não era para ele falar sobre o esquema criminoso sob a ameaça de encomendar um “salve” na prisão que colocaria em risco sua integridade física. A mensagem também fazia menção a um atentado contra a juíza Selma Rosane de Arruda, que conduz o processo. O recado teria sido passado por um membro do Comando Vermelho (CV).
“Ocorre que o processo estava em segredo de justiça. E nós tivemos conhecimento do depoimento do Walter por meio da mídia. Também tomaram conhecimento da denúncia por meio da imprensa. O crime que cometeram é muito mais grave do que o que estamos sendo acusados”, ressalta o advogado Irênio de Lima. “Quebra de sigilo e prevaricação são muito mais graves do que o estelionato”, ressalto o advogado que é juiz aposentado do Tribunal de Justiça.
Irênio, juiz aposentado, é pai de João de Emanuel e atual na defesa do filho.
Cinco mandados de prisão preventiva
Os advogados ressaltaram que, apesar de desejarem a investigação quanto ao vazamento de informações sigilosas, o intuito principal é buscar medidas para que João Emanuel seja solto. Já foram protocolados pedidos de revogação de prisão para alguns dos processos em que o réu responde e os advogados aguardam a análise da juíza.
João Emanuel está preso por força de cinco pedidos de prisão preventivas feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e deferidos pela juíza Selma Arruda referentes às Operações Castelo de Areia, Aprendiz 1 e 2, Assépsia e acusação de desvios de dinheiro da Câmara Municipal de Vereadores de Cuiabá. Ele está recluso desde setembro de do ano passado.
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