Os advogados do cabo Gerson Correa, acusado de envolvimento em escutas clandestinas, irá impetrar novo pedido de liberdade para seu cliente, essa semana. O militar teve o requerimento de relaxamento do regime negado na sexta-feira (9), pelo Conselho Militar, durante audiência presidida pelo juiz Murilo Mesquita, da Décima Primeira Vara Especializada Justiça Militar. O caso ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira.
Ao fim da audiência, os quatro coronéis que do Conselho decidiram por revogar a prisão preventiva do coronel Zaqueu Barbosa e impor a ele a prisão domiciliar e medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica. Os pedidos do Coronel Evandro Lesco e Ronelson Barros, para deixarem a prisão domiciliar, foram negados.
Após a audiência, Gerson não quis falar com a imprensa, mas seu advogado Neymam Monteiro, adiantou que irá recorrer da decisão e que precisa conversar com seu cliente, “depois de uma paulada dessa”, como classificou.
O advogado avaliou como injusta a decisão da sexta-feira, diante do depoimento das testemunhas e da decisão favorável ao coronel Zaqueu.
“O coronel tem mais crimes que ele [Gerson] e foi concedida à soltura. O Gerson tem dois crimes”, afirma o jurista. O cabo é acusado de falsidade ideológica e falsificação de documentos.
Conforme Monteiro, Gerson era peça primordial ao trabalho do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), pois dominava as tecnologias de escuta e teve papel decisivo na realização de operações contra a criminalidade no Estado.
“Várias operações foram feitas. Naquela época não tinha muita tecnologia para essa finalidade. Dominando esse mecanismo ele foi muito útil à sociedade”, salienta.
Questionado sobre um possível acordo de delação premiada junto ao MPE, o advogado afirma que não vai se manifestar sobre o tema e que o cabo é que irá decidir.
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