A juíza Selma Arruda, titular da Sétima Vara Criminal, determinou que o advogado e ex-gerente do grupo City Lar, Florindo José Gonçalves, acusado de falso testemunho em seu depoimento referente as investigações da Operação Sodoma, seja ouvido ainda este mês para esclarecer a divergência entre seu esclarecimento e o que foi contado por empresários e réus na investigação. Ele é suspeito de ter mentido em seu relato á Polícia Civil.
O acusado será ouvido no próximo dia 19 para informar melhor sobre o motivo de sua reunião com o empresário João Batista Rosa, dono da Tractor Parts e o ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf poucos dias antes de ser deflagrada a primeira fase da Operação, em 15 de setembro de 2015.
Em sua oitiva, Florindo disse que tinha se encontrado com os dois para tratar da venda de aparelhos de ar condicionado. No entanto Nadaf contou à Justiça que, na realidade, Florindo já o tinha alertado sobre o possível grampo nos celulares do empresário e o encontro seria para tentar dissuadir o dono da Tractor Parts de delatar o esquema.
Devido ao conflito nas informações repasses às autoridades investigatórias ele será ouvido novamente. O interrogatório marcado para este mês, foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) desta quinta-feira (6).
Conforme a denúncia, a City Lar foi uma das beneficiadas com incentivos fiscais concedidos pelo Estado. Ao pagar a propina para a organização criminosa investigada pelo Ministério Público Estadual (MPE), e que existia na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) a empresa deixaria de pagar R$ 1,5 bilhão em impostos em 10 anos.
Além do gerente da City Lar, também pagaram propina ao grupo os empresários João Batista e Willians Mischur, dono da empresa Consignum. Esses dois, após delação e o decorres das investigações, foram considerados vítimas de extorsão praticada pelos ex-secretários de Silval envolvidos no esquema.
As investigações de desvios de recurso estaduais tiveram início dom a delação dos empresários e já está em sua quinta fase com a descoberta de desvios milionários por meio de fraudes em licitações, superfaturamento de áreas desapropriadas e concessão de incentivos ficais à empresas pagadoras de propina.
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