Os servidores Alaor Alves Zeferino de Paula e Diego Pereira Marconi, da hoje extinta Secretaria de Estado de Transportes e Pavimentação Urbana (Setpu), firmaram um acordo de colaboração premiada com a Justiça. Eles, que são réus na ação penal oriunda da quinta fase da "Operação Sodoma", se colocaram a disposição para ajudar nas investigações.
PJC
No acordo de colaboração, além de passarem detalhes sobre as fraudes, Alaor e Diego se comprometeram a devolver R$ 264 mil aos cofres públicos. Alaor terá que devolver R$ 250 mil e Diego Pereira retornará ao erário R$ 14 mil.
Os valores são definidos mediante participação nas fraudes e "lucro" obtido com o esquema. Os servidores são réus pelos crimes de concussão, corrupção passiva, peculato e fraude a licitação.
Além deles, são acusados dos crimes o ex-governador Silval Barbosa, os ex-secretários de Estado Cesar Zílio, Pedro Elias e Francisco Faiad, o ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Cesar Corrêa Araújo, o ex-secretário adjunto de Administração, José de Jesus Nunes Cordeiro, o ex-secretário adjunto da Secretaria de Transportes, Valdísio Juliano Viriato e os empresários Juliano Cezar Volpato e Edézio Corrêa.
O grupo é suspeito de participar de um esquema que desviou R$ 8,1 milhões do Estado, através de contratos e de compras fraudulentas de combustível da Marmeleiro Auto Posto Ltda. e da Saga Comércio e Serviço Tecnológico e Informática Ltda. Na 5ª fase da operação, tiveram a prisão decretada o ex-governador, os ex-secretários Francisco Faiad e Sílvio César Correa, além dos ex-adjuntos José Nunes Cordeiro e Valdísio Viriato.
Faiad já teve a prisão revogada por decisão do desembargador Pedro Sakamoto, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. A quinta fase da "Operação Sodoma" já conta com seis delatores. Os primeiros a revelarem o esquema foram os ex-secretários Pedro Elias Domingos e César Zílio.
No decorrer das investigações, os empresários Juliano Cezar Volpato e Edézio Corrêa também firmaram colaboração premiada. Agora, os dois servidores públicos também decidiram delatar o esquema.
SODOMA 5
A 5ª fase da "Operação Sodoma" investiga fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos celebrados entre as empresas Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, nos anos de 2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.
Segundo a Polícia Civil apurou, as empresas foram utilizadas pela organização criminosa, investigada na operação Sodoma, para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de Administração (SAD) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra).
As duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato Grosso, em licitações fraudadas. Com o dinheiro desviado, efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 7 milhões.
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