A promotora de Justiça Ana Bardusco, responsável pela acusação no processo da Operação Sodoma, afirmou que pediu a condenação do ex-governador Silval Barbosa (PMBB) pelos crimes de organização criminosa, concussão e lavagem de dinheiro. Somados todos os crimes, o peemedebista pode pegar até 26 anos de prisão, embora seu novo posicionamento de confessar os desvios deverá atenuar a pena.
Alan Cosme/HiperNoticias
Promotara Ana Bardusco
A promotora explicou que o pedido da condenação foi protocolado nas alegações finais do processo referente à primeira fase da Operação, deflagrada em setembro de 2015. A apuração trata de fraudes em incentivos fiscais e licitações a fim de beneficiar empresas pagadoras de propina ao grupo criminoso liderado por Silval Barbosa.
Os delatores do esquema Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum, e João Rosa, dono da Tractor Parts afirmaram que juntos pagaram mais de R$ 20 milhões a organização criminosa. No decorrer das investigações, os empresários pagadores de propina passaram de réus a vítimas do esquema.
Questionada se devido ao avanço das investigações uma delação vinda de Silval ainda seria aceita, a promotora informou que, em tese, a delação pode ser firmada a qualquer altura das investigações, mas que não tem conhecimento de tramites para que o réu firme o acordo.
“O que eu soube foi que ele disse que vai adotar um posicionamento de confissão e isso irá atenuar a pena dele. Mas não estamos sabendo de nada sobre delação que ele estaria negociando com o Ministério Público”, afirmou a promotora.
Nas alegações finais, Bardusco também pediu a condenação dos réus ex-secretários Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, o ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cézar Corrêa Araújo, e a ex-secretária de Nadaf, Karla Cecília de Oliveira Cintra que recentemente firmou termo de delação premiada junto ao MPE na terceira fase da Operação e, por isso, não foi denunciada nesta fase.
Operação Sodoma 1
A operação foi deflagrada em 17 de setembro de 2015. Os delatores do esquema, os empresários Júlio Minori, dono da Webtech, Willians Paulo Mischur, proprietário da Consignum e João Batista Rosa, dono do Tractor Parts, confirmaram ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Justiça pagamento de valores para a organização.
O dono da Tractor Parts informou o pagamento de R$ 2,5 milhões para o esquema e Mischur revelou que repassou R$ 17,5 milhões para o grupo entre os anos de 2011 e 2014.
Conforme o MPE, o dinheiro recolhido com a cobrança de propina era utilizado para a aquisição de bens para os membros do grupo.
Nesta fase foram presos ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os ex-secretários da Casa Civil, Pedro Nadaf, e da Fazenda, Marcel de Cursi.
Os recursos ilícitos também foram direcionados para o pagamento de despesas da campanha do ex-governador e de aliados.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.
