A juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal, ouve na tarde desta quarta-feira (26) testemunhas arroladas pela defesa do réu o advogado Levi Machado de Oliveira investigado no âmbito na Operação Sodoma 4, que trata de desvio por meio do superfaturamento da desapropriação de área conhecida como Jardim Liberdade, na região do bairro Osmar Cabral.
Jessica Bachega - HiperNotícias
Audiência é na Sétima Vara de Cuiabá
Entre as testemunhas está o contador e ex-sócio do bicheiro João Arcanjo, Luiz Alberto Dondo Gonçalves, Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Cuiabá, o Juares Silveira Samaniego e o pecuarista Ademir Campos Martins.
Luiz foi a primeira testemunha a ser ouvida na audiência desta quarta. Ele contou à magistrada que fez apenas o contrato de constituição da empresa AF Assessoria, em 2014, e depois não teve mais contato com Filinto Mulher e Levy Machado.
Depois foi procurado para uma consultoria porque Filinto tinha adquirido títulos de indenização. A testemunha conta que orientou que a SF não tinha condições de absorver o volume da indenização e depois não prestou mais serviços para os réus.
Em seguida, a testemunha Ademir Martins começou seus depoimentos. Ele confirmou ser amigo de Levy e disse que tem uma chácara de 10 hectare no Jardim Liberdade, onde mora ha 14 anos. Ele relata que ainda não tem o título da terra porque o Intermat ainda não ofereceu as escritura. A testemunha avalia que hoje sua terra vale cerca de R$ 50 a R$100 metro quadrado.
A testemunha conta que Levy é advogado do dono da terra e que atuava na desapropriação da área. Ademir é pecuarista e comprou 10 lotes na região por meio uma pessoa que havia adquirido da Intermat. "Comprei os lotes de invasores. Os documentos estão com protocolo do Intermat ainda tramita no Ministério Público essa escritura. Mas está mais enrolado que tudo", ressalta a testemunha.
O pecuaristas afirmou em juízo que responde a processo por porte de arma de fogo. "Uma pistola cheia de bala. Estavam roubando minhas vacas e eu tinha que andar armado" disse a testemunha ao ser indagado pela promotora Ana Bardusco.
O secretário Juares não foi ouvido, embora tenha sido intimado, pois estava em viagem a Brasília a não conseguiu chegar à tempo da audiência.
Sodoma 4
O alvo desta faz das investigações foi a compra irregular de um imóvel no Jardim Liberdade, em Cuiabá, no qual o Estado pagou R$ 31.715 milhões pela desapropriação. No entanto, R$ 15,8 milhões foram revertidos em benefício do grupo.
Na investigação, além dos secretários do governo e o próprio governador, foram denunciados os empresários Valdir Piran acusado de receber R$ 10 milhões dos valores desviados.
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