Advogado diz que busca e apreensão foi desnecessária

O advogado Claudio Stábile, que atua em defesa do Grupo Gazeta de Comunicação, classificou como desnecessária a busca e apreensão realizada na gráfica Millenium, pertencente ao grupo, na manhã desta terça-feira (19). Policiais da Delegacia Fazendária executaram 10 mandados de busca e apreensão durante a sexta fase da Operação Sodoma, deflagrada hoje.

Alan Cosme/HiperNoticias

 

De acordo com o jurista, os policiais recolheram cópias de cerca de 30 notas fiscais de prestação de serviços para diversos candidatos, referente a campanha política de 2014.

“Essa foi uma ação totalmente desnecessária, se tivessem nos pedido esses documentos iriamos apresentar espontaneamente, assim como todos os esclarecimentos necessários”, afirmou.

Stábile disse que ainda não teve conhecimento sobre as acusações que motivaram a busca e apreensão. Que teria acesso ao inquérito na tarde desta terça, mas soube pela imprensa que a operação é fruto da delação do ex-secretário Pedro Nadaf.

“Dorileo nunca recebeu nada de Nadaf, Nunca fez qualquer tipo de transação com ele. Estamos muito tranquilos, a empresa já tem 30 anos de atividade e todo serviço prestado tem nota e foi declarado”, ressalta o defensor do empresário Dorileo Leal, dono do grupo.

Operação Sodoma 6

São alvos o ex-vice-governador Chico Daltro, o empresário Ricardo Novis Neves, o presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Jorge Pires de Miranda, o Grupo Gazeta de Comunicação o ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi.

A operação teria se originado da delação do ex-governador Silval Barbosa (sem partido) e do ex-secretário Pedro Nadaf. Ambos relataram o pagamento de propina pela empresa Concremax, do empresário Jorge Pires, ao grupo criminoso, em troca de concessão de créditos tributários.

O valor de cerca de R$ 4 milhões teria sido recebido por Daltro, em forma de dois imóveis. O montante teria sido utilizado para saldar dívidas de campanha. 

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