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Terça-feira, 05 de Junho de 2018, 16h:45

Sindicalista denuncia déficit de 60 enfermeiros no Pronto Socorro e não descarta greve

REDAÇÃO

O presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem (Sinpen), Dejamir Souza Soares, participou da sessão ordinária da Câmara Municipal de Cuiabá, nesta terça-feira (05). Dejamir falou sobre o caos instaurado na saúde pública do município e, sobretudo, no que diz respeito às condições trabalhistas dos enfermeiros da Capital. 

 

Mayke Toscano/Hipernotícias

Dejamir Soares

Presidente do sindicato, Dejamir Soares

O sindicalista denunciou que existe um déficit de 60 técnicos de enfermagem no Pronto Socorro de Cuiabá. Além disso, o profissional que se sujeita a realizar plantões extras está sem receber pelo trabalho desde dezembro.

 

A oportunidade do sindicalista falar em tribuna livre foi concedida pelo vereador Gilberto Figueiredo (PSB). Durante o discurso, além do cumprimento da legislação com os trabalhadores da saúde, o sindicalista reivindicou o pagamento das horas extras dos enfermeiros do município que, até o momento, segue com o atraso de dez meses. 

 

“Já aconteceram reuniões com o atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), no entanto, os encontros não viabilizaram medidas resolutivas que de fato solucionassem as questões suscitadas pelos profissionais da enfermagem na Capital”, revelou.

 

Dentre os argumentos expostos pelo sindicalista durante a participação na tribuna, está o descumprimento da lei que determina a isonomia no pagamento de salário dos enfermeiros contratados e concursados. O presidente do Sindicato também solicitou a realização de concursos públicos para o setor da enfermagem em Cuiabá.

 

Greve

Durante o discurso, Dejamir deixou claro que não gostaria de estar à frente de uma possível greve dos profissionais de enfermagem, mas que na atual conjuntura - de total omissão por parte do gestor municipal -, uma paralisação seria necessária. 

 

“Não consigo falar com o prefeito e estou lidando com trabalhadores que estão exaustos. Eu sei das consequências de uma greve, mas se eu não faço a greve, quem morre é a classe [de enfermagem]”, disse.

 

O vereador Gilberto Figueiredo criticou a inoperância do governo municipal e destacou a importância da atuação dos vereadores na cobrança das resoluções que se relacionam à Saúde em Cuiabá e, mais especificamente, ao setor da enfermagem.

 

“Há uma intensa movimentação entre os cargos de chefia da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mas não vemos mudanças positivas na saúde do município. Precisamos cobrar a celeridade das resoluções que vêm a beneficiar os profissionais da enfermagem”, disse.