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Terça-feira, 15 de Maio de 2018, 15h:45

TJ julga recurso de empresária acusada de mandar capangas de Arcanjo matar irmãos

JESSICA BACHEGA

A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT) julga nesta quarta-feira (16) o recurso da defesa da empresária Monica Marchett Charafeddine, para que não seja submetida a júri popular pela morte dos irmãos  Brandão Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo.  

 

Em 2013 o TJ determinou que a acusada fosse submetida a júri, porém a defesa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) alegando que os desembargadores cometeram excesso de linguagem ao se referir á empresária como “asquerosa”, entre outros adjetivos considerados preconceituosos pelos advogados.

 

Assessoria/Divulgação

irmãos Araújo, Brandão, Mônica Marchett

 Vítimas foram mortas por causa de terras

O STJ então determinou a nulidade da sentença e que fosse realizado um novo julgamento do recurso. Decisão que se arrasta desde então.

 

O pedido será analisado pelos desembargadores do TJMT Alberto Ferreira de Souza, Rondon Bassil Dower Filho E Pedro Sakamoto em sessão as 14 horas.

 

Os crimes ocorreram entre os anos de 1999 e 2000, na cidade de Rondonópolis, motivados por briga por terras. A família Marchett seria a mandante do crime que foi concretizado pela dupla de pistoleiros do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, Célio Alves e o ex-cabo da Polícia Militar, Hércules Agostinho.

 

De acordo com os autos, o primeiro a ser assassinado foi Brandão Filho. Ele foi baleado no centro da cidade pelo acusado Hércules. José Carlos foi executado no dia 28 de dezembro de 2000, no estacionamento da sede central do Banco Bradesco.

 

O motivo dos crimes seria a briga judicial por uma área de 2.175 hectares objeto de negociação entre o agricultor José Carlos e o empresário Sérgio Marchett. A tratativa foi efetivada ainda nos anos 1980, porém devido a desentendimentos a negociação foi parar na Justiça, na qual a posse da terra tramita até os dias de hoje.

 

O empresário Marchett foi apontado pelo pistoleiro como mandante do crime, juntamente com a filha Mônica Marchett. Após o crime, a empresária Mônica transferiu um veículo modelo Gol para Célio Alves como forma de pagamento pelos assassinatos. Hérculos ainda indicou o escritório da empresária como o local onde ele e o comparsa pegaram o documento do carro.

 

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