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Polícia Segunda-feira, 14 de Maio de 2018, 14:50 - A | A

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Segunda-feira, 14 de Maio de 2018, 14h:50 - A | A

CUIABANA MORREU AO FAZER LIPO

"Não houve erro médico", diz diretor do Hospital Militar

LUIS VINICIUS

O diretor do Hospital Militar de Mato Grosso, coronel Kleber Duarte, afirmou ao HiperNotícias que não houve erro médico na cirurgia plástica da cuiabana Edleia Danieli Ferreira Lira, 33 anos, que morreu no domingo (13), em decorrência de complicações no procedimento. Em entrevista, Duarte afirmou que todas as normas foram cumpridas pela unidade de saúde e que a mulher saiu ainda consciente do hospital, localizado no bairro Goiabeiras, em Cuiabá.

 

montagem danielle cirurgia

 

Conforme informações da Polícia Civil, Danielle realizou a cirurgia de “redução de seios” e “lipoescultura”, no Hospital Militar, que não possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na quinta-feira (10). De acordo com Duarte, a mulher começou a passar mal cerca de três horas após o procedimento e, logo depois, foi encaminhada ao Hospital Sotrauma, também na Capital.

 

Diante disso, Danieli foi transferida no início da noite de sexta-feira (11), depois de ter sido medicada. No entanto, ela sofreu várias paradas cardíacas e na sequência paralisia cerebral. Ela morreu na tarde de domingo. A cirurgia foi realizada por meio do programa “Plástica para Todos”.

 

“Ninguém veio a óbito devido a complicação cirúrgica. Ela morreu em consequência de uma situação que surgiu e que só os laudos vão informar. O procedimento foi realizado em perfeita condição. Não houve erro médico, não houve imprudência, não houve imperícia. Todos os procedimentos de pós-operatório e recuperação pós-anestésica em perfeita tranquilidade”, explicou o coronel à reportagem.

 

Duarte contou que ela saiu do centro cirúrgico consciente e ainda falando com os familiares. 

 

“A paciente foi encaminhada ao apartamento falando, consciente e depois, com os acompanhantes, ela começou a passar mal, mas não se sabe porquê. A equipe do Hospital Militar prestou toda a assistência, solicitamos uma UTI móvel. A equipe cirúrgica é uma equipe altamente qualificada. As equipes fazem parte da equipe brasileira de cirurgias plásticas. Todos credenciados e registrados pelo Conselho Regional de Medicina (CRM)”, disse Duarte.

 

O coronel contou ainda que o Hospital Militar apenas foi alugado para que a cirurgia pudesse ser feito no espaço e que não era necessário uma Unidade de Terapia Intensiva, devido o procedimento ter sido de baixa e média complexidade.

 

“O Hospital Militar entra apenas com a locação do centro cirúrgico obedecendo todas as exigências técnicas, de aparelhagem e de equipe do apoio. A paciente se sentiu mal duas ou três horas após o procedimento cirúrgico, não em consequência da cirurgia. Ela teve uma parada cardíaca e não se sabe o porquê. Todo e qualquer procedimento de baixa e média complexidade, eles são feitos em hospitais que não necessitam ter UTI”, concluiu o oficial.

 

DHPP instaura inquérito

 

A delegada Juliana Chiquito Palhares, da Delegacia Especializada em Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), abriu um inquérito para apurar a morte de Edleia. O corpo está no Instituto Médico Legal (IML), onde passa por exame de necropsia.

 

Programa

 

O programa “Plástica para Todos” é apresentado como um programa de baixo custo para as pessoas que desejam fazer procedimentos estéticos. Os procedimentos cirurgias podem ser pagos em até 24 vezes no boleto e 12 vezes no cartão crédito ou crediário.

 

O projeto é constituído por uma equipe de 22 cirurgiões plásticos e membros da Sociedade brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), sendo dois cirurgiões geral especialistas em procedimentos bariátricos, dois dermatologistas, um otorrino especialista em cirurgias e duas nutricionistas.

 

Plástica para Todos

 

Por meio de nota, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) – Regional Mato Grosso, alertou para o risco que esses programas podem trazer aos paciente.

 

A SBCP ainda disse que deve dar outro posicionamento apenas após a conclusão dos laudos da perícia criminal.

 

Leia a nota na íntegra:

 

Considerando o lamentável incidente em procedimento cirúrgico envolvendo a Sra. D.B., ocorrido, segundo informações veiculadas na imprensa, em 14/05/2018, em Cuiabá-MT, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Mato Grosso, manifesta-se com o que segue:

 

Solidarizamo-nos com a família enlutada.

 

O entendimento e orientação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) é pelo fiel cumprimento de normas e critérios científicos que maximizem a segurança do paciente. Reiteradamente a SBCP alerta a população para o risco da atuação de agentes intermediadores, em mídias sociais, e/ou planos financeiros para realização de cirurgias plásticas, fazendo de pacientes objetos de mercância, no interesse vil em detrimento de qualidade e segurança.

 

Entretanto, a análise da conduta profissional, dos fenômenos orgânicos da paciente, somados às condições estruturais na realização do procedimento elencado, é que trarão uma razão de juízo acerca de causas e efeitos de cada caso concreto. Para tanto, órgãos e autoridades oficiais, são investidos de poderes na emissão de pareceres técnicos fundamentados.

 

Tem-se por óbvio que qualquer pré-julgamento acerca de fatos não comprovados, se trata de mera especulação e exploração sensacionalista de um momento delicado como tal.

Não obstante, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, aguarda o pronunciamento conclusivo dos órgãos oficiais acerca dos fatos, para que possa se manifestar tecnicamente sobre o ocorrido e, agir no âmbito de suas funções.

 

Cuiabá, 14 de maio de 2018.

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional Mato Grosso

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