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Terça-feira, 17 de Abril de 2018, 14h:04

Caminho tomado pelo PSD é sem volta, diz Toninho

MICHELY FIGUEIREDO

O vereador Toninho de Souza (PSD), em entrevista concedida na manhã desta terça-feira (17) à Rádio Capital FM, afirmou que a decisão tomada pelo partido de se desvincular do governo Pedro Taques (PSDB) é um caminho sem volta. Conforme o pessedista, esse seria um erro que a população não perdoaria. O ápice desta decisão foi a renúncia, por parte do então vice-governador Carlos Fávaro, do cargo.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

toninho de souza

 Vereador Toninho de Souza

"Abrir mão da vice, da condição política, para depois voltar a discutir uma possibilidade de composição com o governo, não dá para admitir. A sociedade acompanha e não perdoa erros na política. A posição é definitiva de rompimento mesmo, político e de futuro. A partir daquele momento tomou a decisão de discutir um projeto alternativo para Mato Grosso. A sociedade deseja um projeto alternativo para votar. Pode até ser que vote em Pedro Taques, mas nesse momento deseja um projeto alternativo", analisou.


Questionado sobre o fato de o PSD não ter colocado claramente sua posição de oposição ao governo, uma vez que o presidente do partido, Carlos Fávaro, trata o afastamento como necessário para um condição de independência da legenda, o vereador ponderou que "passos estão sendo dados neste sentido".  "Deu-se um grito de liberdade, não foi colocado claramente na imprensa isso, mas foram passos dados em direção a esse projeto alternativo e nosso presidente tem sido firme nesse propósito".


Toninho pontuou que o nome da oposição ainda não foi definido e que estão sendo analisados Mauro Mendes (DEM), Otaviano Pivetta (PDT), Wellingtono Fagundes (PR) e a chance de o próprio Fávaro deixar o projeto ao Senado e disputar o Palácio Paiaguás. "O que precisa é ter uma alternativo para o dia 7 de outubro".


Deputados divergentes


Sobre o posicionamento dos quatro deputados estaduais do PSD, que mesmo com a decisão do partido, afirmaram que continuam na base aliada do governador e vão tentar trazer a legenda novamente para o arco de alianças, Toninho de Souza disse que a agremiação respeitou o posicionamento pessoal deles e não negou legenda para que possam disputar à reeleição em outubro.


"Os deputado que ficaram no governo têm seus interesses. São emendas, dinheiro a ser liberado, cargos no governo. São detentores de mandato e precisamos respeitar, embora eu seja partidário, preferia acompanhar o partido, eles permaneceram".


O vereador afirmou que o líder do partido na Assembleia, deputado Gilmar Fabris, sempre deixou claro a permanência na nase e não negou a existência de interesses principalmente nas emendas. "É muito importante o comprometimento político de suas bases e esse dinheiro não foi liberado". 


Apesar de ponderar sobre o respeito aos deputados nesse momento, o vereador afirmou que Fávaro já deixou claro que depois da convenção, cobrará que todos os filiados caminhem no ritmo definido pela maioria. "Tenho acompanhado, o Fávaro tratou sobre isso, respeitou o posicionamento pessoal de alguns deputados, o partido foi compreensivo. Não negou legenda, mas disse claramente, lá na frente, o PSD tem um projeto, vai-se com Mauro, com Wellington, projeto do PSD é esse. Não se discute outro caminho. Deputados vem nesse projeto, projeto de partido, PSD trata projeto de partido. Tenho certeza que os deputados vão compreender. Não há negativa de legenda. Acho que lá na frente vão pensar um projeto partidário. Nesse momento não tem projeto partidário. O PSD com um rumo definido por maioria, não são 4 deputados que vão tomar um caminho diferente".