Setor produtivo de Mato Grosso comemorou a erradicação da febre aftosa no país e o reconhecimento da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) do país como zona livre de febre aftosa com vacinação. A 86ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da OIE, em Paris, está marcada para dia 24 de maio, e no Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realizou desde o dia 2 de abril comemorações sobre o tema. Na quinta-feira (5) foi lançado o selo dos Correios “Brasil Livre de Febre Aftosa”.
“O último foco que Mato Grosso teve foi em 1996 e tivemos reconhecimento internacional da OIE em 2000, ou seja, 18 anos com status livre sem vacinação. Temos mantido índices altos de vacinação e o controle de trânsito com a vigilância epidemiológica e não tem mais essa doença em nosso território”, disse a presidente do Instituto de Defesa Agropecuária, Daniella Bueno.
O pecuarista e ex-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Zeca D´Ávila, disse que é um orgulho ver o resultado de um trabalho iniciado na década de 90 começar a surtir resultados. “Cuidamos mais da nossa propriedade, o produtor entendeu que ele tendo saúde animal teria mais lucro, lucro no bolso e isso é importante. Fizemos um grande trabalho na fronteira com a Bolívia. Nós criamos o Fefa (Fundo de Erradicação da Febre Aftosa) no governo de Jayme Campos e foi até o ano de 2010 e depois foi transformado em Fesa (Fundo Estadual de Sanidade Animal)”, explicou.
Para o superintendente do Mapa em Mato Grosso, José de Assis Guaresqui, em 2019 o país vai trabalhar para ser livre de aftosa sem vacinação a partir de 2021. “É um marco para o país e para o nosso Estado, que tem o maior rebanho bovino do país. Ficar livre de vacinação significa a garantia dos nossos produtos junto ao mercado internacional. Vamos continuar expandindo a nossa exportação, oferecendo produto de qualidade e junto aos consumidores brasileiros”.
Na avaliação do presidente da Associação de Criadores de Nelore de Mato Grosso, Mário Cândia, ter o carimbo livre da febre aftosa vai representar abertura de novos mercados para a carne brasileira, pois há países que não compram carne de gado vacinado. “2021 vai ser ápice quando não teremos mais que desembolsar com vacinação, o que gera um custo semestral, além das oportunidades de abertura de novos mercados. Temos muita consciência sobre isso e estaremos preparados sanitariamente para isso”.
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