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Sexta-feira, 23 de Março de 2018, 07h:47

Sindicato dos agentes penitenciários é alvo de atentado em Cuiabá

LUIS VINICIUS

O Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen), foi alvo de um atentado, na manhã desta sexta-feira (23), no bairro Morada da Serra, em Cuiabá. A informação foi confirmada pelo presidente da corporação, João Batista, disse que ao menos 10 tiros atingiram o portão principal do local. Quando crime aconteceu havia pelo menos 20 funcionários no local, no entanto ninguém ficou ferido.

 

casa agente baleada

 

De acordo com informações preliminares, os atiradores estavam em um Chevrolet Prisma prata, que teria passado pela rua e atirado. Batista não informou quais eram as características dos criminosos e se eles eram de alguma facção criminosa.

 

As câmeras de segurança do sindicato registraram o momento do ataque e as imagens serão primordiais para poder identificar os atiradores.

 

O sindicalista afirmou que a Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) está sendo aguardada para dar início às investigações. A Polícia Militar chegou a realizar rondas pela região, mas até a publicação da matéria, nenhum dos bandidos havia sido identificado ou preso.

 

Atentado contra agente

 

Já na noite de quinta-feira (22), um agente penitenciário lotado no Setor de Operações Especializadas (SOE), identificado como, L.M.A. sofreu um atentado em sua residência, no bairro Nova Conquista, em Cuiabá. Segundo a Polícia Militar, os criminosos atiraram cerca de nove vezes com balas de 9 mm, atingindo o portão e o muro da casa do agente. Ninguém ficou ferido.

 

O crime aconteceu por volta das 21h45, quando a vítima estava na residência com a sua mãe. O agente disse aos policiais do 3º Batalhão, que pouco antes do crime, ouviu barulho de um carro se aproximando e, logo em seguida, ouviu diversos tiros contra a sua casa.

 

O agente informou que após a sua casa ser metralhada, os criminosos fugiram. No entanto ele não conseguiu verificar qual o modelo do carro e nem a característica dos atiradores.

 

A Polícia Militar também chegou a realizar rondas na região, mas até a manhã desta sexta-feira (23), ninguém havia sido preso ou identificado.

 

Ameaças

 

O ataque aconteceu três dias após o detento, Jesuíno Cândido da Cruz, o Junião, de 27 anos, morrer e outros quatro presos ficarem feridos durante um motim na Penitenciária Central do Estado (PCE). Após a morte de Junião, supostos detentos começaram a compartilhar áudios nas redes sociais, ameaçando os agentes.

 

Em uma das gravações, os presos utilizam palavras como "salve geral" e "passa nada", para ameaçar os servidores. Os presos pedem que "os soldados das facções que estão em liberdade" ataque os agentes penitenciários, carros do Serviço de Operações Especiais (SOE) e Grupo de Intervenção Rápida (GIR) e "fuzilem" as viaturas do sistema penitenciário. O motivo seria a morte do preso de Junião e algumas regalias que foram retiradas pelo novo diretor da penitenciária, Revetrio Francisco da Costa.

 

Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários, após uma varredura e retirada de celulares, carregadores e drogas do Raio 3, os presos se rebelaram e começaram a jogar água quente e pedaços de concreto nos agentes. Com isso, os servidores revidaram e atiraram, conseguindo assim fazer com que todos os presos para o interior das celas.

 

"Vou passar a visão. O baguio tá loko dentro da penitenciário. Os agentes mataram um mano nosso. Se eles tiverem moscando na quebrada, já foi passado o salve geral, pode passar geral. Divulga esse áudio meu ai, que é pra passar geral, esses bando de agentes desgraçados. Os manos estão todos presos e eles ainda ficam judiando (sic)", diz trecho do áudio que já viralisou nas redes sociais.