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Segunda-feira, 19 de Março de 2018, 14h:28

Responsável por "Salve Geral" quer afastar juíza Selma Arruda

JESSICA BACHEGA

A juíza Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuibá, negou o pedido feito por membro do Comando Vermelho para que seja afastada de ação que investiga atentados registrados na Capital, em 2016. Reginaldo Aparecido Moreira é acusado de mandar incendiar dois ônibus e afirma que a magistrada tem sido tendenciosa em suas decisões.

 

Alan Cosme/HiperNotícias

selma arruda

Juíza Selma Arruda, responsável pelo julgamento

O réu pede a suspeição da juíza e argumenta que ela está “fazendo juízo de valores  gravíssimos, antecipando a condenação do excipiente de forma prematura e precipitada em decisões proferidas nos autos”, dia trecho do processo.

 

A magistrada negou o pedido e disse que as alegações do réu são fantasiosas e partem somente de sua imaginação. “De qualquer maneira, não pode nem deve esta juíza se declarar suspeita, fora das hipóteses indicadas na lei processual penal, simplesmente porque o excipiente lhe imputa pré-julgamento inexistente. Reafirmo, portanto, que não tenho qualquer interesse em prejudicar este ou qualquer outro réu”, diz a decisão.

 

Por conta da acusação de ataque, Reginaldo teve a prisão decretada em junho de 2016 e solto em dezembro do mesmo ano. Porém continua recluso por que cumpre penas por outros crimes.

 

Reprodução

REGINALDO

Reginaldo foi preso no Pedra 90 por fazer parte do Comando Vermelho

Vários ônibus foram incendiados durante greve dos agentes penitenciários, em 2016. Indignados com a falta de visita dos familiares de do tratamento durante a greve, membros do Comando Vermelho determinaram que outros comparsas realizassem o atentado.

 

Reginaldo foi o primeiro mentor a ser identificado pelo setor de inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP). Ele cumpre pena por homicídio e tráfico de entorpecente.

 

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