Depois de economizar R$ 1 bilhão no custeio da máquina e de recuperar o mesmo montante em recursos sonegados, o governador Pedro Taques anuncia nos próximos dias a quarta fase da reforma administrativa. Secretarias e órgãos públicos deverão ser extintos ou fundidos, com o objetivo de conter gastos.
Aperto
A situação financeira do Estado tem deixado secretários de Estado à beira de um ataque de nervos. Ao priorizar a folha e manter parte do duodécimo dos poderes, o governo deixa o custeio do Executivo completamente comprometido. Algumas secretarias não conseguem sequer pagar sua conta de energia.
Embate
Pedro Taques, que já absorve desgaste em função da forte crise financeira, tenta estancar o rombo da Previdência estadual. A discussão principal se dá em torno do aumento da alíquota previdenciária. A contribuição dos servidores passaria de 11 para 14%.
Nova aliança
PSD e DEM podem firmar uma aliança eleitoral de peso para as próximas eleições, tendo como protagonistas Mauro Mendes, Jayme Campos e Carlos Fávaro. A aproximação com o DEM vem sendo defendida por setores do PSD que querem o partido longe da aliança com o PSDB de Pedro Taques, mas não tão perto da oposição.
Indefinido
Em que pese conversas de bastidores, o DEM ainda não definiu se segue com Taques, se alça voo solo ou se descamba para a oposição. Neste momento a tendência é a de que se mantenha na base governista.
Berlinda
O prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) segue na berlinda. A manobra situacionista, que deu fim à CPI do Paletó, antes de encerrar o escândalo a cerca do vídeo em que o prefeito aparece embolsando maços de dinheiro oriundos de propina, segundo o ex-governador Silval Barbosa, já serve para alimentar ainda mais polêmica, tanto na mídia como nas redes sociais.
Indignação
O vídeo, que o prefeito se recusa a explicar, volta a ganhar força no Facebook e nos grupos de WhatsApp. E a operação abafa ensaiada pela Câmara só faz ampliar a indignação pública.
Engessado
Emanuel Pinheiro, imobilizado pelo escândalo, começa a sofrer duríssimas – e legítimas – cobranças. No segundo ano de seu mandato, ainda não disse a que veio. Nem mesmo as obras em fase final de execução deixadas pelo antecessor Mauro Mendes, com dinheiro em caixa, foram concluídas, como é o caso da Orla do Porto.