Idealizadora do Projeto Lunnar, a estudante de nutrição Tainá Marques organiza um protesto, junto com demais membros do grupo contra a matança de gatos na Universidade Federal de Mato Grosso. No local, pelo menos 10 animais são encontrados envenenados todos os dias.
A manifestação terá sua concentração em frente ao refeitório da universidade, as 15 horas de sábado (3). No local serão confeccionados os cartazes para o ato.
Segundo a jovem, a morte dos gatos é uma realidade antiga no campus da instituição, mas se agravou no início deste ano.
Muitos animais são abandonados pelos donos e se refugiam no amplo espaço na universidade, fato que tem incomodado algumas pessoas que tem encontrado no envenenamento dos animais uma saída para diminuir a população felina no local.
“Sempre encontramos os cadáveres de pelo menos 10 a 15 gatos todos os dias. Pelas características e como falou um veterinário, a morte é por envenenamento”, diz a universitária.
Ela relata que logo cedo, quando chegam para os estudos, se deparam com os corpos pelo campus e que depois eles somem. Não há informações de quem esteja enterrando os animais nem o local para onde os corpos são levados.
Tainá conta que já recorreu à reitoria para denunciar o fato e buscar providências, mas foi ignorada. Ela também solicitou imagens das câmeras de segurança da universidade e foi informada que grande parte dos equipamentos não funciona.
A fundadora do projeto conta que a maioria dos felinos encontrados mortos são fêmeas e geralmente prenhas. Elas são abandonadas pelos donos e acabam sendo mortas junto com os filhotes. “ A gente já viu muita crueldade. Teve vez de encontrar gatinhos ainda com cordão umbilical em cima de formigueiro. É muito triste".
Diante da grave situação, a estudante decidiu convocar as pessoas para participarem do ato e cobrarem providências. “Esses bichinhos sofrem demais quando são envenenados, é uma morte muito dolorosa e ter apenas dó não basta”, afirma.
Projeto Lunnar
O projeto resgata gatos abandonados e os leva para abrigo, onde ficam à disposição para doação. Eles são atendidos por um veterinário, que oferece desconto ao projeto que começou com cinco voluntários e hoje já tem mais de 100 membros.
Para patrocinar os gastos com os animais, o grupo vende canecas e camisetas.
“Ainda existe muito preconceito com gatos. Principalmente os pretos e os brancos e pretos. As pessoas também não querem fêmeas por causa que elas se reproduzem rápido. Com cachorros a aceitação é bem maior”, relata a jovem.
Quem quiser participar do protesto ou saber mais do projeto pode entrar em contato com Tainá pelos telefones (65) 98168-3535 ou (65) 98112-1105.
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