A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos só deve ocorrer na próxima semana. Isso graças às manobras realizadas tanto pela base governista quanto pela oposição na Assembleia Legislativa.
Ocorre que, durante a sessão plenária vespertina, o deputado estadual Valdir Barranco (PT), da oposição, reagiu à ação do colega Saturnino Masson (PSDB), da base governista, realizada horas antes da sessão, na reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).
O petista pediu vista de um veto do governo do Estado, travando a limpeza de pauta. Assim, somente quando o veto for devolvido e votado, a PEC poderá passar pela primeira votação. O pedido de vista tem prazo regimental de cinco dias corridos. Ou seja, a devolução do veto ocorrerá somente na semana que vem.
A atitude de Barranco impediu que Saturnino devolvesse para a CCJR o projeto da PEC do Teto. O tucano havia pedido vista horas antes da sessão e a oposição acreditava que ele pudesse devolver o projeto, para que entrasse em votação ainda nessa terça-feira (10).
De fato, o presidente da CCJR, deputado Pedro Satélite (PSD), chegou a convocar a reunião do colegiado, em plenário. No entanto, Barranco já tinha pedido vista do veto, travando a pauta e assim encerrando a sessão.
Como a pauta de votação está trancada, graças a um pedido de sobrestamento feito pela deputada Janaína Riva (PMDB) na sessão anterior, o que torna obrigatória a votação de todos os vetos, a PEC ficou para a semana que vem.
Após a sessão, Barranco admitiu a manobra, classificando a estratégia como legítima. Disse ainda que Saturnino também manobrou, igualmente de forma legítima. O petista se diz contra a aprovação da PEC do Teto, porque ela seria "nociva às pessoas mais pobres da sociedade".
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