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Terça-feira, 03 de Outubro de 2017, 14h:51

Quem são os Xennials?

Serve para demarcar um cenário a tempos povoado por gente que não se sentia integrada aos conceitos

MARIA AUGUSTA RIBEIRO

 

Divulgação

MARIA AUGUSTA RIBEIRO

 

As pessoas que nasceram entre as gerações X e a Y Agora tem seu espaço. E já conseguem se encaixar numa micro geração que busca reconhecimento e recompensa pelos avanços que são capazes de produzir  em contextos de inovam, consumo e cultura chamada de xennials.

 

Palavra esquisita e de pronuncia alienígena, serve para demarcar um cenário a tempos povoado por gente que não se sentia integrada aos conceitos que estudam consumidores principalmente em ambientes digitalizados.

 

Os Xennials são considerados todos os nascidos entre 1977 a 1983 e surge da percepção dos próprios usuários, que se sentiam desconfortáveis com os rótulos de muito otimistas da geração Y ou cheios de cinismo da geração X.

 

O termo foi inventado pela jornalista Sarah Stankorb que escreveu um artigo contando como não se sentia incluída nem na geração X nem na Y, em 2014.

 

Em ramos da ciência, do marketing e da economia comportamental, saber determinadas nuances pode favorecer pesquisas e criar insights que beneficiem a todos. Podemos, por exemplo, criar produtos mais personalizados, excluir serviços obsoletos ou  gerar tendências de inovação para o futuro.

 

Sem falar na parte cultural que estimula a cidadania, que faz mais sentido e cria sentimento de pertencimento com o agregar valor a sociedade atual.

 

Em tempos onde tudo é acelerado, ter uma geração que pode fazer uma ponte entre os mais jovens e os mais maduros contribui imensamente para que a comunicação seja uma ferramenta cada vez mais abrangente e que não precise apenas de tecladas, sim os xennials podem ser a chave entre o novo e o velho.

 

Ainda recente, o conceito gera controversa para quem faz  pesquisa de mercado.  Justamente porque inclui mais aspectos de vida cotidiano seu histórico do que gênero, localização, e  parâmetros  já utilizados e amplamente estudados.

 

O beneficio mais marcante da inclusão dessa nova micro geração é a possibilidade de compreender melhor o grupo de pessoas nascidas em determinada época. E conseguir agrupar características comuns a essa nova turma.

 

São pessoas que sabem o que é uma fita cassete, que brincaram na rua, e que jogaram os primeiros jogos que estavam instalados nos computadores pessoais. Não acompanharam a crise econômica e conseguiram construir suas carreiras galgadas no merecimento, e navegam em ambientes futuristas sem grandes problemas.

 

Outro ponto positivo é que os Xennials nasceram analógicos e se tornaram digitais. Facilitando o caminho da comunicação entre grupos altamente digitalizados e outros nem tanto.

 

Com eles podemos formar pessoas preparadas para ensinar de forma inteligente, crianças nascidas nos dias atuais, instruindo que nem todos os lugares do mundo tem Internet, e que mesmo assim podem ter experiências tão marcantes quanto as atividades online. E tudo de forma fluida, sem stress e auxiliando na coexistência entre o antigo e o novo no mesmo ambiente, com equilíbrio.

 

Sabemos que, quando fazemos algo com amor, a percepção de valores e a amplitude de conhecimento é beneficiadas.  E com uma turma que agora passa a ter seu espaço e se sentir abraçada pela sociedade digitalizada só podemos avançar em estratégias que privilegiem a todos.

 

Ter informação não faz de nos melhores ou piores se ela não gera aprendizagem e consequentemente conhecimento. Ter micro gerações que possam ser ponte entre plurais que gerem sabedoria em áreas distintas é sem duvida inovador.

 

Quem sabe os xennials não sejam o elo perdido que faltava para conectar outras gerações? E não estamos falando de digitalizar as pessoas e sim de integrar pessoas. Imagine trocar experiências que podem ser apenas compartilhadas um a um ou mesmo resolver duvidas que apenas a informação não será capaz de gerar conhecimento.

 

Lembre-se que cada geração acha um modo de se expressar, de criar sentimento de pertencimento e propriedade, porém, toda geração eventualmente acaba recebendo o nome que lhe convém.

 

Ainda que a possibilidade seja de análise superficial e precise da ajuda dos parâmetros já utilizados para pesquisa do comportamento das pessoas em ambiente digital, estamos evoluindo na inclusão de pessoas que nasceram brincando com os amigos na rua, com memória coletiva, e ainda assim preparados para o mundo onde a revolução digital é agora.

 

 

*MARIA AUGUSTA RIBEIRO é profissional da Informação, com foco em Netnografia e Comportamento Digital -  Belicosa.com.br