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Política Quinta-feira, 28 de Setembro de 2017, 14:25 - A | A

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Quinta-feira, 28 de Setembro de 2017, 14h:25 - A | A

MUDOU DE LADO

Oficial “surrupiou” celulares de casal Lesco por medo, diz Perri

CAMILLA ZENI

O tenente-coronel José Henrique Costa Soares, testemunha-chave na Operação Esdras, deflagrada na manhã de quarta-feira (27), revelou que “surrupiou” aparelhos celulares do coronel Evandro Lesco e de sua esposa Helen Lesco em um dos encontros na casa do casal, pois temia que o grupo criminoso por trás dos grampos ilegais armasse contra ele. No entanto, acabou os devolvendo após ser ameaçado.

 

Reprodução/HiperNoticias

tenente coronel soares

Tenente-coronel diz temer por sua vida e de seu filho

O oficial revelou à delegada Ana Cristina Feldner, responsável pelas investigações, que passou a gravar os encontros com o major Ferronato e com o coronel Lesco a fim de coletar provas do plano do grupo criminoso de afastar o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, do caso. A situação, porém, acabou saindo do planejado.

 

Havia um combinado que proibia o uso de celulares nos encontros com os membros do grupo criminoso, que foi ligeiramente descumprido por Soares em alguns encontros. Ele revela a desconfiança de que seu aparelho telefônico tenha sido visto pelo major e que a situação tenha sido reportada ao secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, e ao coronel Lesco, que mudou seu comportamento após o ocorrido.

 

Desconfiança

O caso aconteceu no domingo de 17 de setembro, mesmo dia em que Soares foi almoçar na casa de Lesco e um dia após o tenente-coronel ter procurado as autoridades para revelar todo o esquema de conspiração. Durante o almoço, a conversa seguia normal - e era gravada pelo militar -, até que, já na hora que se retirava da casa, o coronel recebeu uma ligação, que seria do secretário Jarbas.

 

“A partir deste momento, ele já desligou o telefone, a ligação encerrou, ele já me tratou de maneira muito diferente. Muito diferente. Já seco, falou que eu deveria sair do ambiente porque ele iria receber uma outra pessoa. Apertou minha mão de maneira bem seca, e fui embora. Eu achei muito esquisito”, disse em depoimento.

 

A desconfiança em ter sido descoberto o fez pegar os celulares do casal Lesco em um momento de distração. No entanto, a travessura lhe saiu caro. Assim que deu falta dos aparelhos, Lesco o procurou exigindo os celulares e chegou a ameaçar o filho do oficial. “[...] Eu não sei se você pegou por má-fé ou se você pegou por distração. Eu só quero saber o seguinte, devolva, porque seu filho está correndo risco de vida’”, lembrou durante o depoimento.

 

Correndo risco

Diante da situação, o tenente-coronel também pediu que fosse incluído no programa de proteção à testemunha por medo do que poderia acontecer à ele e a seu filho. ““Então eu fico muito preocupado com a segurança do meu filho, eu estou muito preocupado com a segurança dele. Depois dele a minha. Eu não posso permanecer no Estado. Eu não posso permanecer no Estado de Mato Grosso, a situação envolve o poder atual”, observou.

 

O pedido do oficial foi utilizado pelo desembargador Orlando Perri para justificar a prisão, em caráter cautelar, dos membros do grupo criminoso. Na manhã de quarta-feira (26), a Operação Esdras, que resultou em oito presos e um conduzido coercitivamente, sob ordens do desembargador Orlando Perri.

 

Na ação, foram presos: ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, o atual secretário de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Siqueira, do ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, e ex-secretário da Casa Militar, coronel Evandro Lesco, Helen Lesco, sargento João Ricardo Soler, major Michel Ferronato, e também condução coercitiva do coronel Pinheiro, atual corregedor geral da Polícia Militar e do empresário José Marilson da Silva, responsável pelo desenvolvimento do sistema Sentinela, utilizado pelo "Núcleo de Inteligência" da Polícia Militar.

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