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Sexta-feira, 08 de Setembro de 2017, 09h:34

Pedro Taques diz que não afastará secretários investigados por "vingança"

PABLO RODRIGO

O governador Pedro Taques (PSDB) disse que mesmo com quatro secretários de Estado sendo investigados, não pretende fazer troca do primeiro escalão. O chefe do Executivo diz confiar em sua equipe. 

 

Alan Cosme/HiperNoticias

pedro taques

 Governador Pedro Taques

"[Eles] não estão sendo investigados por corrupção. Confio nos meus secretários, no Ministério Público e no Judiciário", disse o governador ao HiperNoticias.

 

Taques também voltou a afirmar que a sua gestão vem sofrendo "vingança" por "desafetos".

 

"Não confio em quem persegue, em quem usa as instituições com parcialidade e como instrumento de vingança contra desafetos", pontuou.

 

A declaração foi feita um dia após o pedido de suspeição do promotor de Justiça Mauro Zaque ser divulgado pela imprensa. No documento assinado por Taques, ele pede ao procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo, o afastamento de  Zaque de todas as investigações que tenham como alvo o chefe do Executivo estadual ou seus secretários. 

 

O requerimento ocorreu após Mauro Zaque e mais três promotores terem pedido o afastamento do chefe do Gabinete de Comunicação (Gcom), Kleber Lima, por assédio moral e sexual contra jornalistas que trabalham como assessores de imprensa no órgão e improbidade administrativa. O advogado de Kleber Lima, Paulo Fabrini Medeiros, disse que essa denúncia é um "absurda e infundada'.

 

"Vou esperar a procuradoria Geral do Estado  ter acesso aos autos do pedido para me manifestar", concluiu Taques.

 

Além de Kleber Lima, os secretários Rogers Jarbas da Segurança Pública (Sesp), Airton Benedito Siqueira da secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e José Adolpho (Casa Civil), estão sendo investigado no "Escândalo dos Grampos", que apura uma central clandestina de interceptações telefônicas no alto escalão da Policia Militar de Mato Grosso.

 

A investigação dos grampos foi responsável por levar à prisão os coronéis  Evandro Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros, do e o cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior. Também promoveu a saída do secretário Paulo Taques da Casa Civil para atuar na defesa dos acusados no caso.