Os desembargadores da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso atenderam ao pedido do advogado do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro e determinaram que ele seja transferido para uma unidade prisional de Cuiabá. O recurso foi julgado na tarde desta terça-feira (1) em audiência presidida pelo magistrado Paulo da Cunha.
Assessoria / TJMT
João Arcanjo está preso de 2003
Atualmente, o condenado está detido na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, e o pedido de transferência já havia sido negado anteriormente, pois o preso é de altíssima periculosidade, com grandioso poderio financeiro e possui elevado grau de articulação e liderança dentro e fora das penitenciárias do Estado de Mato Grosso.
A defesa do réu alega que não há motivos que justifiquem a manutenção de seu cliente em unidade federal e que ele nunca teve nenhum desvio de conduta no período em que está recluso.
Arcanjo deve ser recambiado para a Penitenciária Central do Estado (PCE), após a determinação da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sedudh) que deve ocorrer nos próximos dias.
O comendador
João Arcanjo Ribeiro comandava o jogo do bicho em Mato Grosso e era dono de várias factorings. Ele é acusado de ter chefiado o crime organizado no Estado por décadas, quando vários crimes de pistolagem ocorreram no Estado.
Em dezembro de 2002 a Policia Federal deflagrou a Operação Arca de Noé, que desarticulou o jogo do bicho e o crime organizado chefiado por Arcanjo.
Em 2003, o ex-bicheiro foi preso no Uruguai, sendo extraditado para o Brasil quatro anos depois em 2006, onde permanece preso até hoje.
Em 2013, Arcanjo foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado, por ser considerado o mandante da morte do empresário Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior em 2002.
Já em 2015, Arcanjo pegou 44 anos e dois meses de prisão por ter mandado executar os empresários Rivelino Brunini, Fauze Rachid Jaudy e pela tentativa de homicídio contra Gisleno Fernandes. Os crimes também ocorreram em 2002.
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