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Terça-feira, 04 de Julho de 2017, 09h:39

Nilson Leitão diz que oposição está usando a crise na saúde "pensando em 2018"

PABLO RODRIGO

O presidente estadual do PSDB em Mato Grosso e deputado federal, Nilson leitão (PSDB) acusou a oposição de transformar a emenda conjunta de R$ 80 milhões para o novo Pronto-Socorro em "debate eleitoral" para 2018. 

 

Alan Cosme/HiperNoticias

nilson leitao

 

"Quem decide para onde vai o dinheiro das emendas é o governador. Sempre foi assim. Foi assim com o Blairo, com o Silval e agora com o governador Pedro Taques (PSDB). Agora não podemos fazer esse debate, por parte da classe política, pensando apenas no debate eleitoral de 2018. Com o problema da saúde temos que ter essa responsabilidade de se fazer apenas o debate em cima da saúde", disse Nilson Leitão, que defende que os R$ 80 milhões sejam destinados para custeio da saúde no Estado.

 

"Todos esses argumentos que estão usando são frágeis. Se quiserem resolver o problema da saúde de imediato, resolve dessa forma (com os R$ 80 milhões). E já se tem o compromisso do secretário de Saúde de assinar imediatamente com o prefeito de Cuiabá um convênio para liberar recurso para a compra dos equipamentos do novo Pronto Socorro. De toda forma, o dinheiro das emendas vai para o Estado que redistribui isso", afirmou o tucano.

 

Nilson Leitão também pediu aos opositores do governo Taques, que não "puna" a população por "interesse político".

 

"Tem parte que acredita que lá na frente não terá recursos para o equipamento do novo Pronto-Socorro, mas não podemos querer punir por ser oposição, punir a população. A disputa da classe política é entre a classe política. Agora quando o debate chega a população é preciso ter um pouco mais de cabeça fria, equilíbrio para fazer o que é prioridade. Eu não sou o dono da verdade. Essa é uma opinião minha", complementou.

 

O debate a respeito dos R$ 80 milhões que seriam destinados para a aquisição de material para equipar o novo Pronto-Socorro de Cuiabá e que agora pode ser remanejado para a manutenção emergencial na saúde, aonde a dívida chega a cerca de R$ 300 milhões, vem desde maio.

 

O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (PMDB) e os 25 vereadores de Cuiabá já se posicionaram contra a possibilidade de remanejamento. Já o governador Pedro Taques classificou o debate como "falsa polêmica" e disse que respeitará a decisão da bancada federal.

 

A construção do novo Pronto-Socorro de Cuiabá, iniciada em 2015, deve ser concluída em abril do ano que vem, como confirmou o governador Pedro Taques. 

  

O novo Pronto-Socorro está orçado em R$ 80 milhões, sendo que o Estado é responsável por R$ 50 milhões, que corresponde a 65% do valor total licitado e o município arcará com o valor restante.  A unidade contará com 315 leitos, sendo 60 para Unidades de Terapia Intensiva (UTI), seis centros cirúrgicos e até um heliporto.