A magistrada Selma Arruda, da Sétima Vara Criminal, cobrou da defesa do réu Joaquim Fábio Mielli o pagamento de R$ 250 mil inda restantes do acordo de ressarcimento do réu junto a Justiça. Joaquim é delator da Operação Ventríloquo que investiga os desvios de cerca de R$ 9 milhões da Assembleia Legislativa por meio de um pagamento de empréstimo ao banco HSBC.
O advogado confirmou sua participação do esquema, no qual intermediou o pagamento do empréstimo que a Assembleia devia ao banco, no entanto ele não fez o repasse a instituição. Ele recebeu o dinheiro e devolveu para os membros do esquema liderado pelo ex-deputado José Riva (sem partido).
A determinação da juíza para o pagamento foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) desta quinta-feira ( 8).
“(...) determino a intimação da defesa de Joaquim Fábio Mielli Camargo para se manifestar sobre como pretende complementar o valor faltante de R$ 250.000,00 para ser restituído, tendo em vista que o acordo de restituição ao erário é de R$ 2.200,000.00”, diz na decisão.
Operação Ventríloquo
A Operação Ventríloquo foi desencadeada pelo Gaeco a partir da delação premiada do advogado Joaquim Miele. Investigações do MPE já apuravam um desvio de R$ 9,6 milhões da Assembleia Legislativa.
Segundo o MPE, o esquema foi criado quando Miele ainda era representante do extinto Banco Bamerindus (hoje HSBC) junto à Casa de Leis, durante o período em que o ex-deputado José Geraldo Riva era o presidente da Casa. Miele e Riva teriam operado os desvios simulando pagamentos de dívidas da Casa de Leis com o HSBC.
Em depoimento no mês de junho deste ano, Riva apresentou uma lista com os nomes de todos os beneficiários do esquema.
Operação Ventríloquo 2
Os deputados estaduais Gilmar Fabris (PSD), Mauro Savi (PSB) e Romoaldo Júnior (PMDB) foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE) investigados na Operação Ventríloquo.
Segundo o MPE, dentro da organização criminosa havia uma clara divisão de papéis, no período de fevereiro e abril de 2014, e foram subtraídos da Assembléia Legislativa cerca de R$ 9.480.547,69 em proveito próprio e alheio (peculato-furto). Eles se valeram da facilidade que proporcionava a condição de servidores públicos e agentes políticos de alguns de seus membros.
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