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Terça-feira, 16 de Maio de 2017, 18h:20

Julgamento de recurso para que Sérgio Ricardo volte ao Tribunal de Contas do Estado é adiado

JESSICA BACHEGA

O julgamento do recurso impetrado pela defesa do conselheiro afastado do Tribunal de Constas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo, para o retorno às suas funções foi adiado para a próxima semana, devido ao pedido de vista do desembargador José Zuquim Nogueira. Os magistrados Luiz Carlos da Costa e Antônia Siqueira votaram contra o recurso.

 

Marcos Lopes/HiperNotícias

Sergio Ricardo/TCE

 

Com o pedido de vista, o recuso deve entrar na pauta de julgamento da Quarta Câmara Cível do Tribunal de Justiça da próxima terça-feira (23).

 

O afastamento é decorrente de ação por improbidade administrativa e pedido de ressarcimento ao erário proposto pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra o conselheiro, Alencar Soares Filho, Blairo Borges Maggi, Éder Moraes Dias, Gércio Marcelino Mendonça Júnior, Humberto Melo Bosaipo, Jose Geraldo Riva, Leandro Valoes Soares e Silval da Cunha Barbosa.

 

Sergi Ricardo foi afastado do cargo no dia 9 deste mês e continua recebendo sua remuneração normalmente por ser considerada verba alimentícia. 

 

De acordo com a ação, em 2009, o então deputado estadual Sérgio Ricardo teria pago R$ 4 milhões ao então conselheiro do TCE, Alencar Soares Filho, para ocupar sua cadeira no TCE. Para descaracterizar o ato ilícito, Alencar teria devolvido a mesma quantia a Ricardo, dinheiro oriundo de uma factoring, com intermediação de Eder Moraes e aval do então governador Blairo  Maggi. 

 

Alencar também teria recebido outros R$ 4 milhões das mãos de Gercio Marcelino Mendonça Junior, conhecido como Júnior Mendonça, a pedido de Eder Moraes e com o consentimento de Blairo Maggi, conforme a denúncia.  

 

Junior Mendonça usou sua factoring, Globo Fomento, sob a orientação de Eder Moraes, para abrir crédito. Para ocultar a origem do dinheiro, a empresa de Mendonça fez depósitos e transferências dos recursos para contas de terceiros, sendo eles Leandro Valoes Soares, Leonardo Valoes Soares, Alexandre de Freitas Bezerra e a empresa Paz Administradora, ambos também foram denunciados por lavagem de dinheiro. 

 

Assim, Alencar Soares, que já havia recebido R$ 4 milhões de Sérgio Ricardo e gastado metade, ficou, teoricamente, limpo na compra da vaga por parte de Sérgio Ricardo.