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Quarta-feira, 19 de Abril de 2017, 17h:19

Wilson desiste de mudança em documento e relatório da CPI da Copa deve entrar em votação

RENAN MARCEL

Após estudar o relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa do Mundo, o deputado estadual Wilson Santos (PSDB) desistiu de buscar qualquer tipo de alteração no trabalho final das investigações. O relatório já recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e deve entrar em votação nesta semana, decisão que cabe ao presidente da Mesa Diretora, deputado estadual Eduardo Botelho (PSB).   

 

Alan Cosme/HiperNoticias

wilson santos

 

Na semana passada, Wilson Santos havia deixado temporariamente a Secretaria de Cidades e retornado para a Assembleia Legislativa justamente com o propósito de mudar as recomendações da CPI. Segundo o tucano, a mudança segue orientação do governo do Estado, que também não quer alteração no documento.

 

“O governo está pronto para votar e quer votar o relatório sem alteração. Vamos votar o relatório como ele foi apresentado e votado na CPI por unanimidade. Não admitimos mudar o relatório. Desistimos dessa ideia. O governo quer a votação do relatório o mais rápido possível, sem alteração, sem mudar nenhuma vírgula”, informou o parlamentar nesta quarta-feira (19).

 

Em reunião nessa  terça-feira (18) os parlamentares trataram do assunto e ficou claro que os deputados da Comissão, e da oposição, são contra qualquer mudança.

 

Wilson revelou que teve acesso ao documento ontem e o leu em tempo recorde, trabalho que terminou às 3h desta terça-feira. Segundo ele, a manutenção do que foi proposto pela CPI não deve prejudicar o objetivo do governo estadual de retomar e concluir o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

 

“Não vai atrapalhar em nada. Essa é a opinião da comissão. A opinião nossa já está no termo de acordo. As irregularidades que a CPI aponta não foram feitas na Gestão Taques, mas, sim, na gestão anterior. Nós não conseguimos tocar um centímetro do VLT. Todas irregularidades, os vícios e ilegalidades que são apontados no relatório são de um conjunto de obras realizado na gestão anterior", lembra Wilson.

 

De fato, as obras estão paralisadas desde dezembro de 2014, ou seja, antes da gestão do governador Pedro Taques (PSDB).

 

A CPI havia sugerido a paralisação das obras do modal e, em caso de insistência na continuidade, que o contrato com o consórcio responsável pela implantação do modal fosse rescindido, obrigando a contratação de outras empresas.

 

O relatório final, com mais de 29 mil páginas, foi concluído em setembro do ano passado, após mais de um ano de investigação da CPI, que teve custo de quase R$ 3 milhões para a Assembleia Legislativa.