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Política Segunda-feira, 17 de Abril de 2017, 10:23 - A | A

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Segunda-feira, 17 de Abril de 2017, 10h:23 - A | A

SÃO FRANCISCO

Ex-prefeito em MT é citado por delator como beneficiário de propina da Odebrecht

ESTADÃO

O ex-prefeito de Colniza, Assis Raup (PMDB), foi beneficiado com propinas da empresa Odebrecht, revelou o delator Henrique Serrano do Prado Valadares. Ele era apelidado de "São Francisco" no esquema criminoso. As informações foram publicadas pelo site Estadão.

 

Marcos Lopes/HiperNotícias

Assis Raupp/Colniza/João Assis Ramos

A Odebrecht considerava Raup um dos políticos mais influentes do Estado

Raupp, que é ex-vereador por Porto Velho, estaria na lista de pagamentos de seu irmão, o senador Valdir Raupp, de Rondônia, que teria recebido propina da empreiteira para a sua campanha eleitoral. A Odebrecht considerava Valdir um dos políticos mais influentes do Estado.

 

De acordo com o ex-executivo da Odebrecht, Raupp recebeu propina por meio de um depósito realizado na conta de uma mulher, que o delator disse não se lembrar do nome.

 

Raupp teve o mandato cassado como prefeito de Colniza no ano passado. Os parlamentares do Município decidiram pela retirada dele do cargo em razão de o homem ser alvo de diversas denúncias durante a sua gestão.

 

Ele é acusado, entre outros itens, de ter superfaturado compra de remédios e contratações de caminhões. O ex-prefeito também teria feito licitações dirigidas de diárias, requerimentos oriundos da Câmara não respondidos e teria impedido a apuração dos fatos.

 

PROPINAS EM RONDÔNIA

 

Sob o codinome ‘Maçaranduba’, o senador Ivo Cassol (PP-RO) recebeu R$ 2 milhões da Odebrecht pelo apoio ao projeto da hidrelétrica de Santo Antônio, em Porto Velho, de acordo com o delator Henrique Serrano do Prado Valadares. O delator afirmou em depoimento que autorizou o pagamento para Cassol porque, quando governador, ‘ele era um garoto propaganda da Odebrecht, sem que a gente pedisse nada para ele’.

 

Valadares contou à Procuradoria que o ex-secretário de Planejamento de Rondônia, João Carlos Gonçalves Ribeiro, também pediu ‘uma ajuda de R$ 1 milhão’ da construtora. “Ele era um cara que entrava nos detalhes das coisas e ajudava a destravar e dar a agilidade que a gente precisava para cumprir os prazos. Dependia de muitas providências por parte do Estado, de licenças e permissões. O João Carlos ajudou muito nisso como secretário de planejamento do Ivo Cassol”, disse.

 

O departamento de propinas da Odebrecht registrou João Carlos sob o pseudônimo ‘Dallas’. Os pagamentos feitos para ambos foram solicitados a Eduardo Melo Pinto, presidente da Santo Antônio Energia S/A (Saesa), concessionária que administra a usina. O dinheiro era proveniente de caixa dois gerado ao longo da obra.

 

Em outra ocasião, a construtora pagou despesas de Cassol com advogados. A conta foi assumida pelo ex-diretor de contratos da Saesa, José Bonifácio Pinto Júnior. “Ele [Cassol] tem um monte de processos nas costas. Um deles, recentemente, causou o afastamento dele. Então pagamos também”, explicou Valadares, que afirmou não saber o valor do pagamento ou quem eram os advogados em questão.

 

De acordo com o delator, o ex-governador teve, ainda, uma viagem para Nova York bancada pelo caixa dois da hidrelétrica de Santo Antônio. Identificado na planilha do departamento de propinas como ‘New York’, o pagamento foi feito para “custear uma viagem do governador Ivo Cassol, provavelmente com a mulher”, relatou Valadares.

 

Outros políticos de Rondônia também foram citados na delação. Valdir Raupp, senador pelo PMDB, recebeu dinheiro em forma de contribuição para campanha eleitoral por ser um político importante no Estado. O relator não soube dizer qual o valor pago a ele.

 

Roberto Sobrinho (PT-RO), ex-prefeito de Porto Velho, era o ‘Ariquemes’ na lista de pagamentos ilícitos. Quem recebia o dinheiro destinado a ele era Odair Cordeiro, homem de confiança de Sobrinho, de acordo com Valadares.

 

Também está na lista o irmão do senador, Assis Raupp (PMDB-MT), ex-vereador de Porto Velho e ex-prefeito de Colniza, em Mato Grosso. Assis teve seu mandato de prefeito cassado em 2016. Para a Odebrecht, ele era o ‘São Francisco’ e recebeu propina por um depósito feito na conta de uma mulher, cujo nome Valadares diz desconhecer.

 

Valter Araújo, ex-presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, foi registrado como ‘Árabe’ na planilha.

 

O delator citou ainda um pagamento feito ao codinome ‘Anjo’, que explicou ser ‘alguém do entorno do Ivo Cassol, mas não conseguimos identificar’.

 

COM A PALAVRA, IVO CASSOL

 

Em nota, o senador Ivo Cassol (PP-RO) afirmou que a citação ao seu nome é uma ‘retaliação’ por ter sido contra a isenção de impostos dada aos consórcios que construíram as usinas de Jirau e Santo Antônio. “Não só entendo que é dever da Justiça investigar e fiscalizar os políticos, como é meu dever também lembrar que fui o único parlamentar que denunciou formalmente a isenção fiscal para as usinas do Rio Madeira em 2011″, afirmou o senador.

 

Segundo Cassol, o prejuízo ao Estado foi estimado em R$ 1 bilhão.

 

COM A PALAVRA, VALDIR RAUPP

 

A defesa do senador Valdir Raupp (PMDB-RO), representada pelo criminalista Daniel Gerber, informou que ele contesta mais uma vez ‘a falsidade das alegações que fazem contra si, se colocando à disposição do Poder Judiciário para os esclarecimentos cabíveis’.

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