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Artigos Segunda-feira, 10 de Abril de 2017, 16:34 - A | A

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Segunda-feira, 10 de Abril de 2017, 16h:34 - A | A

Assédio sexual: o ilícito silencioso

O mais comum para a vítima mulher é a prática de chantagem ou coação em troca de promoção

TATIANE DE BARROS

 

divulgação

tatiane de barros

 

O assédio sexual sempre existiu e não há como discutir o papel da mulher na sociedade atual sem olhar para o passado porque carregamos uma herança de um tempo no qual o gênero determinaria possibilidades de atuação no meio social. Em linhas gerais, sempre coube à mulher os deveres de zelar pela sua imagem, bem como era desprovida de direitos civis e políticos, ou seja, um objeto de servidão ao homem.

 

Avanços ocorreram, conquistamos direitos e ocupamos espaços importantes, mas a posição de submissão permanece presente, não apenas nas relações afetivas, mas principalmente nas relações de trabalho.

 

A conquista dos espaços está cada vez maior, tendo em vista que está diretamente ligada à produção e a capacidade. Não foi um espaço concedido, foi um espaço conquistado.

 

Apesar disso, ainda subsiste a imagem da mulher como objeto de satisfação do desejo, sendo este o ponto fraco e o terreno confortável para o assédio, em especial, no ambiente profissional.

 

Vale lembrar, que o assédio sexual constitui-se essencialmente em abuso de poder sobre o empregado, retirando deste a liberdade de decisão sob suas próprias vontades, em busca da obtenção de vantagem de cunho sexual pelo superior, seja nos campos do trabalho privado ou público.

 

A abordagem não desejada pelo outro com intenção sexual ou insistência inoportuna de alguém em posição privilegiada que usa dessa vantagem para obter favores sexuais de subordinados é caracteriada assédio sexual que é crime previsto no Artigo 216-A, do Código Penal.

 

Vale ressaltar que o assédio sexual não se dá necessariamente entre o homem superior e a mulher subordinada, podendo ocorrer entre os diferentes gêneros sem importar qual deles está na posição de superioridade, podendo se dar inclusive entre homem superior e homem subordinado, mulher superior e mulher subordinada, contudo a situação é recorrente entre homem superior e mulher subordinada.

 

Tal prática se configura por meio de manifestações explícitas ou implícitas perpetradas de forma reiterada, de cunho sensual ou sexual. Em outras palavras, podemos citar exemplo de um pedido do chefe para que a subordinada vá até a sua sala para que ele apenas elogie a sua beleza ou esteja a sós com a mesma, sem tratar de nenhum assunto profissional.

 

O mais comum para a vítima mulher é a prática de chantagem ou coação em troca de promoção, a ameaça de perder seu emprego ou até mesmo ser rebaixada nos quadros da empresa.

 

Tal situação é COMUM e ocorre com FREQUÊNCIA, em razão da sociedade não ser paritária, já que as mulheres, via de regra, ainda são submetidas a cargos inferiores e aos menores salários.

 

O assédio sexual no ambiente de trabalho cria uma situação desconfortável e opressora, sendo que este ambiente opressor é tão comum que há uma dificuldade, inclusive por parte da mulher, em reconhecer que está sofrendo assédio, dado a constância e liberdade que os homens têm de agir e serem levados em tom de brincadeira, e NÃO É!

 

As mulheres precisam denunciar os casos de assédio sexual, bem como solicitar o prosseguimento do processo, em especial juntar provas, já que a tarefa difícil é a obtenção de prova para configuração de assédio sexual, pois os fatos dessa natureza ocorrem inevitavelmente ou quase sempre entre quatro paredes, entre duas pessoas e às escondidas.

 

Por isso, para a punição do assediante e indenização do assediado, as provocações devem ser demonstradas claramente, com sustentação por meio de prova aceitas em Juízo, como cartas, bilhetes, e-mails, mensagens “via celular”, ou ainda por meio de testemunhas, além de confissão e outros meios de provas em direito permitidos.

 

Temos o direito de decidir que roupa usar sem ter a preocupação de parecer um convite ao sexo, o direito de conquistar espaços e posições sem ter sua capacidade associada à boa aparência, o direito de andar na rua seja a hora que for sem medo de ser estuprada, o direito de SER LIVRE!

 

Assim deve ser no trabalho. A mulher cada dia mais vem conquistando seu espaço por competência, capacidade e com muito esforço, já que sempre tem que estar pondo a prova seus conhecimentos e habilidades.

 

Infelizmente vivemos em uma SOCIEDADE MACHISTA, onde muitos chefes, portadores de acentuado "conservadorismo", quase imperial, acreditam que podem praticar as suas “piadinhas” e a tortura psicológica sem limites.

 

A luta das mulheres e a busca por seus direitos atravessam diferentes setores, a união deve ser pela LIBERDADE, pelo direito de dizer SIM ou NÃO, principalmente no quis diz respeito à sexualidade e ao próprio corpo.

 

É muito fácil ser machista, pois o machismo é vastamente reproduzido nas mídias sociais, com cultura e postura que inferiorizam as mulheres, porém o mundo está em transformação e cabe aos pais educarem seus filhos para uma sociedade igualitária, para que não se tornem machistas.

 

*TATIANE DE BARROS é advogada, presidente da Comissão de Infância e Juventude, membro da Comissão de Direito da Mulher e conselheira estadual da OAB-MT

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Manoel 11/04/2017

Verdade o mundo esta mudando, cada vez mais as mulheres deixam de ter filhos para poder trabalhar, deixam até mesmo de ser mulheres e passam agir feito homem cortando cabelo curto e roupas de homem, disputando a atenção de mulheres as chamadas 44, a mulher que se aposenta mais cedo em razão da dupla jornada, não quer mais ir pra beira do tanque, nem do fogão, quem então irá os homens que acabaram mostrando que os maiores chefes da cozinha são homens, nem nisso as mulheres ganham. A mulher que tem licença maternidade e falta o serviço quando o filho esta doente e quer ganhar mais que o homem que nunca falta ao serviço? Se dependesse das mulheres elas davam um jeito do homem gerar filhos e cuidar das crianças. Quantos pais por aí cuidam de crianças deficientes porque a mãe desistiu, jogou a toalha. Quem as mulheres querem que as substitua nos afazeres domésticos, outras mulheres ou os homens. Vamos falar verdade, isso tudo não é natural e querem nadar contra a correnteza, mulher foi feita pra cuidar da casa, dos filhos, da família. Mulher que ganha mais que o marido destrói o casamento pois fica imaginando que o marido é um bost e ela merece coisa melhor. A pílula quase igualou as mulheres aos homens, mas e agora, quem fará a função de ter filhos??? A solução é criar cachorros...

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