O brasileiro Everton Luiz foi mais uma vítima de racismo no futebol europeu. Neste domingo, o volante do Partizan Belgrado deixou o campo chorando após ofensas da torcida rival no clássico contra o Rad Beograd. Um dia depois, apesar de garantir estar mais calmo, o jogador contou que sua filha também já foi alvo de preconceito na Sérvia.
"Acontece sempre, a gente vê as pessoas olhando diferente. Já aconteceu com a minha filha, a gente fica muito chateado. Ela foi ao mercado, a menina pegou no cabelo dela e falou: ‘Eca'. Em campo, em um ano aqui, esta foi a primeira vez", contou o atleta em entrevista ao Bate Bola da ESPN Brasil.
Após a vitória por 1 a 0, Everton saiu do gramado bastante abalado em meio a vaias, imitações de macaco, gritos racistas e até mesmo faixas com insultos. O meio-campista agradeceu o apoio dos torcedores do Partizan e buscou manter uma atitude positiva em relação ao ocorrido.
"Foi a primeira vez em que aconteceu isso comigo, foi muito triste, mas hoje já estou mais tranquilo. Percebi o apoio de todos, os fãs mandaram mensagens, então estou mais calmo. A gente sabe que não é todo mundo. Temos que procurar esquecer e continuar fazendo o nosso trabalho", finalizou o jogador, de 28 anos.
Nesta segunda-feira, o Partizan saiu em defesa de Everton, que chegou ao clube na temporada de 2015-16 e ajudou a equipe a erguer o troféu da Copa da Sérvia no ano passado.
"Nós condenamos fortemente os perpetradores deste ato insano", disse o clube por meio de um comunicado oficial. "O Partizan se sente na obrigação de se desculpar com todos aqueles que foram insultados e ofendidos com gritos racistas. Damos total apoio ao Everton, um dos melhores jogadores de nosso clube, que conquistou o coração dos torcedores durante sua estadia na Sérvia no último ano", completou.
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