“O caso chocou a todos. Tem policias mais antigos aqui que, assim como eu, nunca tinham visto algo semelhante” declarou o delegado de Jaciara, Marcelo Laet.
Ele esteve à frente das investigações do caso da bebê que foi cedida para um ritual religioso e teve quatro agulhas colocadas no corpo.
O inquérito policial foi concluído esta semana e os cinco acusados devem ter suas prisões temporárias convertidas em preventivas, a pedido do delegado.
De acordo com o último boletim médico divulgado pelo Hospital Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis, a bebê A.L.J.S. continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica da unidade. A internação já dura mais de 50 dias.
O boletim narra que a menina já passou por diversas cirurgias na tentativa de remover as agulhas. Até este sábado (4), duas agulhas continuam alojadas no cabeça e um pedaço de outra está na região do abdômen.
A equipe médica que acompanha a menina informou que não fará nova cirurgia e que ela terá alta da UTI assim que encerrar a medicação, o que deve ocorrer nos próximos dias.
A criança está sob a tutela provisória da avó materna que a visita na unidade, pois não é permitida a permanência no local.
“Esse caso causou muita estranheza e nos dedicamos ainda a solucionar. Tanto que no outro dia após a internação os suspeitos já estavam presos. O inquérito levou um pouco mais de tempo para ser concluído porque precisávamos averiguar com muita segurança todos os relatórios e informações”, ressaltou o delegado.
Crimes
O pai da criança, Wellinton de Jesus Costa, e as acusadas Iraci Queiroz dos Santos “Baiana”, a filha dela, Débora Queiroz dos Santos e Ricardo César dos Santos, esposo desta última, estão presos e devem responder pelos crimes de tentativa de homicídio triplamente qualificado e corrupção de menores.
A mãe da vítima é menor. Ela vai responder a ato infracional equiparado à tentativa de homicídio. Ela está recolhida no Centro Socioeducativo do Pomeri.
O caso
O fato ocorreu no município de São Pedro da Cipa (148 km ao Sul) em 11 de dezembro de 2016. A equipe médica do Hospital Municipal de Jaciara mobilizou o Conselho Tutelar sobre a suspeita de maus tratos contra A.L.J.S., que na época tinha três meses.
A criança tinha marcas roxas em partes do corpo, além das agulhas inseridas no corpo.
A suspeita é de que a criança teria sido emprestada pera a cerimônia religiosa conduzida por Baiana. O pai da menina teria recebido R$ 250 para ceder a bebê para o ritual.
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