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Terça-feira, 10 de Janeiro de 2017, 18h:01

Com obras atrasadas, casarões do Centro Histórico servem de abrigos para drogados

JESSICA BACHEGA

Casarões antigos do Centro Histórico de Cuiabá estão com obras de restauração atrasadas ou simplesmente abandonadas. Com isso, os imóveis estão sendo utilizados por usuários de entorpecentes.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

funai/centro historico

 

Pelo menos quatro casarões antigos estão com o andamento de obras atrasadas há vários meses. O prédio onde funcionava a Fundação Nacional do Índio (Funai) com previsão para entrega em março passado ainda está cercada por tapumes. 

 

Conforme a placa instalada no local, a restauração teve início em 2015 e contou com emprego de mais de R$ 500 mil para a reparação que tem parceria da Prefeitura Municipal de Cuiabá, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Ministério da Cultura.

 

Em situação semelhantes estão o prédio da antiga Casa Procon, a Academia de Letras e Museu de Imagem e Casa Barão de Melgaço. Além dos espaços com as restaurações atrasadas, estão também imóveis particulares com sua estrutura comprometida que servem de abrigo para usuários de drogas, sem falar na poluição estética do Centro Histórico.

 

De acordo com um profissional da limpeza pública que trabalha na rua Pedro Celestino, já viu pessoas entrando e permanecendo dos imóveis. 

 

Segundo um dos empreiteiros que estava na obra da Academia de Letras, a previsão é de entregar a construção em breve. Segundo ele, a demora se deu por conta de adequação de projetos.

 

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artítico Nacional (IPHAN) foi procurado e informou que as obras estão com andamento dentro do prazo e em fase de conclusão. A previsão é que sejam entregues ainda no primeiro semestre deste ano.

 

Conforme o Instituto, os recursos para as obras vem do PAC Cidades Históricas. O programa selecionou 16 ações para a capital mato-grossense, totalizando R$ 10,49 milhões em investimentos, incluindo casarões históricos e espaços públicos.

 

 

O PAC Cidades Históricas atua em 44 municípios de 20 estados da federação, com a disponibilidade de R$ 1,6 bilhão para obras de restauração de edifícios e espaços públicos.

 

O projeto é considerado um avanço nas políticas culturais. O programa viabiliza a preservação do patrimônio cultural brasileiro, valorizando a cultura e promovendo o desenvolvimento econômico e social com sustentabilidade e qualidade de vida para os cidadãos.