Taxistas de Cuiabá estão tranquilos quanto à chegada do novo aplicativo de transporte privativo Yet Go. Para eles, os aplicativos são uma “modinha” que vai passar logo, pois as tarifas cobradas são impraticáveis. Polêmicas à parte, os profissionais estão se reinventando para garantir clientela. O que é um ponto positivo para quem utiliza os serviços de táxi.
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Protesto de taxistas nas ruas de Cuiabá
Segundo a estimativa do diretor da Associação dos Taxistas de Mato Grosso, Aelson Alves, o fluxo de usuários de táxi caiu entre 5% e 10% com a chegada do Uber. O aplicativo passou a funcionar em Cuiabá no dia 25 de novembro com a promessa de ser 62% mais barato.
O uso do Uber divide opiniões entre a população. Por um lado, ele agrada pela tarifa mais baixa, porém por outro gera transtornos pela quantidade de veículos que ainda não comporta a demanda de solicitações e as pessoas acabam tendo que esperar muito tempo ou então não acham carros disponíveis, como já houve registros.
Já o Yet tem a proposta de ser até 40% mais barato que o táxi convencional e aceitar pagamentos em cartão de crédito e dinheiro. Além de oferecer carros comuns, de luxo, mototáxi e e motofrete. Com cadastro de motoristas iniciado há poucos dias, o aplicativo já conta com aproximadamente 100 prestadores de serviço.
Aelson Alves recomenda que as pessoas que forem aderir aos aplicativos tenham cautela e bom senso. “Ninguém faz nada de graça. Essas facilidades são só no começo para trair adeptos, depois muda como já vimos acontecer com outros aplicativos como o 99 Táxi. No começo ele era de graça e depois passou a cobrar por cada corrida solicitada. Além disso, já vimos reclamações de motoristas e usuários de grandes centros quanto à tarifa dinâmica adotada pelo Uber e aqui em Cuiabá já soubemos de casos de Uber com carros danificados e motoristas com tratamento inadequado”, afirma.
Embora tenha certo atrito entre os táxis convencionais e o aplicativos, o diretor afirma que eles não são contra a tecnologia. “Queremos a regulamentação deles. Pois como está é desleal. Não há regras nem registros junto à prefeitura. Além disso, os preços são impraticáveis”, ressalta.
Com a concorrência, quem ganha são os usuários do transporte, pois estimula a renovação dos atendimentos a fim de garantir clientela. “Percebemos que os taxis estão buscando alternativas para cativar o cliente. É preciso oferecer um diferencial para que o passageiro escolha o táxi ainda. Eles estão investindo em agrados ao cliente e melhorando também a relação com os passageiros para garantir a próxima corrida”.
No mês de dezembro, dezenas de taxistas pararam o trânsito de Cuiabá durante protesto contra a atuação do Uber em Cuiabá e na semana seguinte os profissionais realizaram uma promoção com corridas ao valor fico de R$ 5.
A expectativa do Yet é que esteja com frota nas ruas da capital até o fim deste mês.
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