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Domingo, 23 de Outubro de 2016, 17h:26

Câncer não impede educadora de praticar atividade física

RAYANE ALVES

Receber um diagnóstico de câncer de mama é um momento delicado. Além dos medos plantados no íntimo da paciente, há também a possibilidade de retirar o seio e perder a feminilidade. Porém, no caso de quem tem um companheiro fiel, faz os momentos prazerosos, pode inclusive trazer inspirações para praticar alguma atividade física e assim ajudar na cura da doença.

 

Arquivo Pessoal

Outubro Rosa

 

Para a educadora física Jaqueline Sanches, todos esses ingredientes habitavam dentro de casa. Primeiro porque boa parte da sua vida foram dedicados à academia como personal trainer. Em segundo lugar, ela tem uma relação amorosa de 17 anos com muito companheirismo, solidariedade e amor. Fatos que somaram muito para que Jakeline voltasse a ter uma vida saudável.

 

O diagnóstico da doença foi dado há pelo menos um ano. Mês da campanha ‘Outubro Rosa’ de combate e prevenção a doença que mais atinge as mulheres em todo o mundo.

 

Ao HiperNotícias, a educadora contou que o nódulo foi percebido em um dos toques que ela fez em casa. “Como faço musculação pensei que era por conta do peso e tinha inflamado a mama. Esperei um tempo também por conta da menstruação que também costuma a aparecer nódulos. Mas, mesmo assim não sumiu após o período menstrual. Com várias ultrassons e a biópsia, tive a confirmação esperada”.

 

Mesmo com esse resultado difícil de receber, Jaqueline contou que não parou para pensar na situação e rapidamente procurou todos os médicos que fossem necessários para a solução da doença. No começo, ela admite que ficou apreensiva e triste. No entanto, depois de ter a certeza que um fato poderia ajudar a solucionar o problema ela juntou a paixão pelo esporte para trazer a sonhada cura.

 

“Mesmo doente eu não parei em nenhum momento com os exercícios. É claro que a imunidade baixou e eu precisei fazer algumas limitações e adaptações. Mas, isso não foi desculpa para deixar de ser ativa”, afirmou.

 

Outro fato que colocou Jaqueline com um passo a frente da doença é que quando ela descobriu o nódulo no início e já foi possível fazer a cirurgia com um mês. No exame, ele estava com um centímetro e meio. Na cirurgia já foi retirado com dois centímetros.

 

Arquivo Pessoal

Outubro Rosa

 

“Hoje me sinto aliviada. Acreditar em Deus me ajudou no impossível. Fiz parte de grupos de oração e não tive tempo para pensar no que poderia dar errado”.

 

Depois do momento de sufoco, Jaqueline passou os últimos dias na correria. Tudo para que este sábado (22) entrasse para os dias mais lindo da sua vida. Data em que definitivamente subiu no altar, com tudo que tem direito para dizer o sim  ao homem que viveu nos últimos 17 anos e sempre a apoio.

 

“Ele nem me cobrava para usar peruca. Engraçado que cortei o cabelo da minha filha e guardei para levar para doar para Hospital do Câncer. Isso aconteceu antes do laudo médico e acabou que os cabelos dela foram juntados com o meu para fazer minha peruca.Porém, meu marido nunca falava para usar e isso fazia com que eu me sentisse linda ainda”, frisou.

 

OUTRA VÍTIMA

No caso da cabeleireira Marinete Ferreira, 41 anos, o nódulo foi descoberto no final de dezembro de 2014. Em dezembro, ela procurou ajuda profissional, porém ele disse que ela não precisava ficar preocupada porque era normal isso acontecer.

 

“Como eu já tive outros cistos e fazia acompanhamento com esse mesmo médico, confiei e fiquei despreocupada”, lembrou.

 

Mas em maio de 2015, aquilo que parecia ser simples começou a atrapalhar os dias de Marinete. Ela sentia muito cansaço e dores. Após realizar várias consultas e exames, a doença foi diagnosticada já em estado avançado.

 

“Fui em outro médico e o nódulo estava com dois centímetros e meio. Ele me disse que poderia ter outro em outro órgão devido ao tempo da doença e acabou sendo confirmado no fígado”.

Mirian Rosa

OUTUBRO ROSA

 

“Corri contra o tempo. Comecei a quimioterapia para depois fazer a cirurgia. Em nenhum momento eu desesperei com medo, porque a partir dali passei a viver um dia de cada vez. Ficava mal após o procedimento médico. Mas, o alto astral sempre bom porque eu acreditava em Deus”, falou.

 

Depois de acabar as sessões de quimioterapia, Marinete fez há três meses a cirurgia da retirada da mama completa. Atualmente, ela se prepara para fazer a radioterapia.

 

Mirian Rosa

outubro rosa

 

“Pena que não fui investigar. Agravou a doença porque eu descobri um ano depois. Mas, não me sinto doente. Eu sempre procuro encontrar forças e viver aquele momento. Minhas duas filhas são minha inspirações. Acredito que tudo que formos fazer na vida temos que escolher o caminho mais fácil, e a direção seria resolver essa situação. Dia após dia ficarei saudável novamente”, estimou.