HiperNotícias - Você bem informado

Quinta-feira, 22 de Setembro de 2016, 08h:04

Detento que cumpre pena por homicídio comandava estelionato de dentro do Carumbé

MAX AGUIAR

Um golpista que se passava por um oficial militar foi descoberto pela Delegacia Especializada de Estelionato, da Polícia Judiciária Civil. O suspeito é um detento do Centro de Ressocialização de Cuiabá, que será indiciado por crime de  estelionato.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

carubé/CRC

 

A Polícia Civil apurou que o detento, Lauro Rosa Bueno, do lado de fora contava com a ajuda do  irmão Valdenir Rosa Bueno, para buscar vítimas que anunciavam produtos em sites de compra e venda pela internet. Após escolher um produto específico, o detento Lauro entrava em contato com a vítima via aplicativo WhatsApp, se apresentando como oficial militar, comandante de um Batalhão.

 

Depois de negociar o produto, o estelionatário comunicava o falso depósito para vítima. Seu  irmão Valdenir ficava responsável por receber o produto. Quando a vítima percebia que o dinheiro não tinha caído na conta, entrava em contato com o comprador, que mandava buscar o dinheiro no Batalhão.

 

Somente quando chegava ao local, a vítima descobria que tinha caído no golpe. Em um dos casos, a vítima entregou uma televisão 51'', que foi negociada pelo valor de R$ 2,5 mil, mas não recebeu o dinheiro.

 

De acordo com o delegado, José Carlos Damian, aproximadamente 30 casos aplicados da mesma forma foram registrados na Delegacia de Estelionato.

 

Na última segunda-feira (19), em monitoramento, investigadores da Delegacia flagraram o suspeito, Valdenir, no momento em que ele recebia uma máquina de sorvete, comprada pela internet. O produto foi entregue por um profissional de serviço de frete, que alegou apenas ter sido contratado para buscar o produto.

 

Ouvido na Delegacia de Estelionato, Valdenir disse que recebeu uma ligação do irmão, que está preso no CRC, dizendo que havia adquirido a máquina e pediu para que ele buscasse o produto. O suspeito ainda alegou que foi a única vez que o irmão fez esse tipo de pedido.

 

O presidiário, que cumpre pena por homicídio,  e o seu irmão serão indiciados em inquérito policial pelo crime de estelionato.