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Quarta-feira, 04 de Fevereiro de 2015, 08h:30

Pivetta condena 'confinamento' de deputados no Manso

16 deputados participaram da suposta reunião. O episódio foi considerado como imoral pelos parlamentares que não participaram do encontro

MAX AGUIAR


O prefeito do município de Lucas do Rio Verde (distante 315 de Cuiabá), Otaviano Pivetta (PDT), que comandou o período de transição do atual governo, avaliou como lamentável a atitude de deputados que supostamente foram "confinados" no Lago do Manso, região de Chapada dos Guimarães, às vésperas de uma eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (AL).

Marcos Lopes/HiperNotícias

Para Pivetta, isso é uma afronta à população. “Esse negócio de ir pra Manso é coisa do passado. É uma atitude condenável. É uma afronta a população que precisa de UTI e precisa de hospital. Eu não participei de nenhuma dessas reuniões e ainda reprimo essa situação”, comentou o prefeito.

O confinamento teria sido orquestrado pelo então candidato a presidência da AL Guilherme Maluf (PSDB). O ritual é antigo, os parlamentares são submetidos a essa situação para evitar debandadas de aliados para outros grupos, bem como o assédio financeiro, ou seja a compra de votos.

Ainda segundo o prefeito, confinar políticos em resort é algo condenável. “Não deveria ter sido assim. Colocar todos, ou quase todos, em reunião num fim de semana é uma afronta. Enquanto eles estão lá no Manso, muitos estão morrendo em hospitais”, completou.

Durante o encontro de prefeitos na manhã de terça-feira (03), no Palácio Paiaguás, Pivetta ainda aproveitou para mandar recado ao novo chefe da AL. “O que fez tá feito. Ele [Guilherme Maluf] já está eleito, e eleito para transformar a Assembleia em um órgão com transparência. Queremos transparência e agora que ele é presidente, eleito por unanimidade, Tem que fazer isso como o começo da reviravolta”, finalizou.

No entanto, Maluf nega o confinamento. Pouco antes de tomar posse no último domingo, disse apenas se tratar de uma confraternização na região do Manso. 16 deputados participaram da suposta reunião. O episódio foi considerado como imoral pelos parlamentares que não participaram do encontro.