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Domingo, 17 de Março de 2019, 09h:40

Profissional da beleza fala sobre como o visagismo promove encontro com a imagem interior

KHAYO RIBEIRO

Muito antes do secador, do banho de cremes ou do próprio corte, o visagismo propõe um olhar sobre a personalidade das pessoas, materializada em suas linhas de expressão. Esse novo conceito no campo da estética mobiliza profissionais a terem uma percepção mais independente sobre o que é belo: não adianta buscar em revistas ou na televisão algo que só pode ser

Gabryel William

Carol Bispo visagista

 

encontrado em um mergulho interior. A visagista Carolina Bispo aponta que a técnica faz sucesso porque estimula o uso consciente de artifícios estéticos, de maneira a despertar diversas sensações específicas naqueles que cercam as clientes.

Partindo de uma abordagem psicológica da beleza, a técnica inova ao oferecer a possibilidade de um olhar pessoal para cada cliente. Assim, a profissional declara não enxergar a possiblidade de uma beleza universal, tipificada em um único corte, formatação de rosto ou expressão visual, por exemplo. Para “Carol”, como é popularmente conhecida nas redes sociais, o belo é olhar para si de maneira a não esconder máscaras.

Na mídia, de uma forma geral, mulheres são confinadas a estritos padrões de beleza. Seja um corte “da época” ou um estilo de maquiagem específico, ao feminino estão sempre guardados lugares de oposição ao natural, que buscam sempre uma beleza tida como artificial pela visagista.

Nesse sentido, aqueles que dominam a técnica visagista se diferenciam dos demais profissionais por poderem executar seus trabalhos de maneira mais isenta de modismos. O resultado de tudo isso? Carol garante que é a singularidade advinda da harmonia entre o que o interior e o exterior.

Reprodução

Trabalhos da Carol Bispo visagista

 

“Cada personalidade tem uma linha de expressão que a representa. Como exemplo, me lembro de um cliente com o arquétipo melancólico [segundo a abordagem temperamental do visagismo] que ocupou um cargo de liderança na empresa e me disse que precisava de uma imagem mais dinâmica, mais alegre. Eu peguei linhas do colérico [outro ‘tipo’ mapeado pela técnica] e coloquei nele. Com esse processo, ele conseguiu fazer com que as pessoas o vissem como o líder que ele precisava ser. O diferente dessa abordagem é que ele está informado a todo o momento sobre o que está acontecendo. Isso é você informar os efeitos do que a imagem vai causar lá fora. Por isso as pessoas falam que beleza é comportamental”, conta Carol.

A profissional da área da beleza conta que nem sempre trabalhou com o visagismo. Para ela, o conhecimento da técnica demorou a chegar. Antes disso, relembra do período em que atuava como manicure e depiladora, mas sempre sonhando em crescer profissionalmente e atuar de forma mais criativa no setor da beleza.

A formação específica no visagismo veio por meio de um curso realizado com o artista plástico Philip Hallawell. Durante o processo de aprendizagem, Carol conta que conheceu a si mesma durante uma das atividades. Hallawell a perguntou o que ela esperava de sua própria imagem. Em resposta, a então aluna foi sucinta ao falar que gostaria de uma aparência “segura e fácil de cuidar”. Assim, em posse de apenas uma tesoura e uma capa de corte, o profissional deu novos contornos para a forma como a profissional se via. Emocionada, ela relembra a potência de se (re)conhecer por meio de um corte de cabelo.

Reprodução

Mosaico Carol Visagista- La provence

 

Hoje, seis anos após os primeiros estudos com a técnica, a profissional tem orgulho ao dizer que faz outras pessoas encontrarem suas imagens pessoais.

Os serviços de Carol podem ser acessados em seu endereço comercial, no espaço de beleza “La Provence”, no bairro Goiabeiras, em Cuiabá. Em sessões com as clientes, ela mostra as possibilidades de cada tipo de beleza enquanto realiza cortes de cabelo e coloração. Nas redes sociais, a profissional pode ser encontrada por meio de seu Instagram, @carolbispo_visagista, ou pelo Facebook, Carol Visagista Cuiabá.