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Quarta-feira, 13 de Março de 2019, 17h:21

Faleiros acata pedidos de Gerson e Lesco e adia julgamento da Grampolândia

LEONARDO HEITOR

O juiz Marcos Faleiros da Silva, da 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá, adiou o julgamento da ação penal relativa aos crimes militares cometidos no esquema de interceptações telefônicas ilegais, que ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (13), após o pedido de reinterrogatório do coronel Evandro Lesco e do cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior, ambos da Polícia Militar.

Alan Cosme/HiperNoticias

marcos faleiros

 

Assim como Lesco, Gerson pediu para depor novamente para dar mais detalhes do caso das interceptações telefônicas ilegais, que ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira, esquema que envolveu a alta cúpula da Polícia Militar e até mesmo o secretário da Casa Civil na ocasião, Paulo Taques, primo do ex-governador Pedro Taques.

O julgamento do caso, no âmbito militar, estava marcado para os dias 20, 21 e 22 deste mês, mas foi adiado. O requerimento de reinterrogatório feito pelos advogados de Lesco, foi protocolado na tarde de terça-feira (12). Os advogados de Gerson adotaram o mesmo expediente e fizeram o mesmo pedido ao juiz, que acatou ambos. 

Faleiros agendou os reinterrogatórios para os dias 16 e 17 de julho, as 13h30. Na decisão, o magistrado também marcou para os dias 14, 15 e 16 de agosto, as 13h30, o julgamento da ação penal, na esfera militar.

“Verifico que os acusados pleiteiam a designação de sessão, a fim de serem reinterrogados, uma vez que há ponderações que merecem maiores esclarecimentos, além de elucidações que não foram trazidas durante a instrução processual”, apontou Faleiros, em sua decisão.

Além de Lesco e Gerson, são réus na Grampolândia Pantaneira, na ação que tramita na Justiça Militar, o tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista e os coronéis Zaqueu Barbosa e Ronelson Jorge Barros.

Zaqueu teve contra ele pedido de condenação por falsificação de documento público e falsidade ideológica, assim como Gerson, além de responder, junto com Lesco, por operação militar sem ordem superior. O MPE pediu a absolvição de Barros e Januário.