O senador eleito Jayme Campos (DEM) comentou as primeiras medidas tomadas pelo governador Mauro Mendes (DEM). O futuro parlamentar, que iniciará seu mandato no próximo dia 1º de fevereiro, afirmou que o atual gestor do Governo do Estado deveria ter dialogado com representantes do Fórum Sindical e deputados estaduais, antes de anunciar as ações.
Alan Cosme/Hipernotícias
Segundo Jayme, alguns parlamentares teriam ficado chateados com o fato de Mauro ter tomado medidas, principalmente em relação aos servidores públicos, sem sequer ter dialogado com o setor e com os deputados. O senador eleito entende que pode ter faltado um pouco de habilidade política para o governador, mas nada que desabonasse as suas decisões.
“Algumas medidas amargas precisam ser tomadas diante do cenário financeiro do Estado, mas sem perder o diálogo. O entendimento precisa ser feito, não apenas em relação aos servidores públicos, como com toda a sociedade. O encaminhamento está sendo feito e o que tenho visto e ouvido é que gerou uma certa insatisfação, na medida em que os sindicatos e até mesmo alguns deputados estaduais que conversei, que o governador antes de tomar estas medidas, teria que ouvir primeiro parlamentares e o Fórum Sindical”, avaliou.
Jayme Campos afirmou que a situação fiscal e financeira do Estado é bastante desfavorável. Ele apontou que a diferença entre receitas e despesas que o Executivo estadual terá neste mês de janeiro chega a R$ 200 milhões.
“O Mauro terá que reverter um cenário com ações colocando as finanças em dia não só com o servidor público, mas também com fornecedores, empreiteiros e prestadores de serviço. Não é um cenário favorável. A previsão que temos para janeiro é de um déficit de R$ 200 milhões. Mato Grosso está quase ingovernável. Tem que se tomar medidas drásticas”, afirmou.
Para Jayme Campos, Mauro deverá, de agora em diante, abrir o diálogo com os setores e com os parlamentares, para não cometer os mesmos erros relativos à falta de diálogo que o ex-governador Pedro Taques (PSDB), segundo alguns deputados. O senador destacou que seu colega de partido tem experiência política e que, antes de ser governador, foi prefeito de Cuiabá.
“O deputado quer ser ouvido. Vim para a ALMT e teve deputado que me fez ponderações de que não foi ouvido e que o Mauro não sentou com parlamentares que não estiveram em sua coligação, mas que estariam dispostos a fazer parte de sua base de apoio na Casa. O governador tem experiência e já foi prefeito. Sabe conversar”, completou.