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Terça-feira, 01 de Janeiro de 2019, 07h:00

A nova onda PetFriendly

Em tradução livre, significa Amigável aos Pets, e é usado para descrever lugares ou eventos que aceitam os amigos peludos

TALITA MEURER

Arquivo pessoal

Talita Meurer

 

Cuiabá já demorou mais para se adequar às novidades do mundo, mas hoje em dia, com o advento das comunicações, as coisas acontecem quase que simultaneamente, e Cuiabá tem conseguido acompanhar os grandes centros cada vez mais rápido. A prova disso é a última explosão PetFriendly que tem acontecido por aqui.

 

O termo PetFriendly, em tradução livre, significa Amigável aos Pets, e é usado para descrever lugares ou eventos que aceitam os amigos peludos.

 

O fato é que os pets, mais especificamente os cachorros e gatos, subiram significativamente na escala familiar e ganharam status de “parentes/filhos/irmãos”. Isso quer dizer que cada vez mais eles residem dentro de casa, junto com os humanos, e não no quintal.

 

Recentemente, algumas empresas perceberam que estavam ignorando um mercado gigantesco e começaram a oferecer produtos de entretenimento também para os amigos peludos. Em São Paulo e na Região Sul do país, há pousadas especializadas em receber os dogs (e que também aceitam humanos), com trilhas e atividades para todos. Já existem opções de rafting para cães. Há creches/escolas caninas especializadas em entreter os dogs durante o dia, para ‘papais’ que passam o dia todo trabalhando fora, e diversas outras atividades. Além disso, cada vez mais os donos querem sair para passear e ter a oportunidade de levar seu doguinho junto.

 

Cuiabá, nesse sentido, está de Parabéns. Todos os shoppings da capital já permitem animais circulando pelos corredores, um deles inclusive, de olho nesse mercado e tentando fidelizar o público cachorreiro, investiu em um espaço especifico para a diversão canina (e teve muito sucesso). Por aqui também já tivemos uma Trilha Pet, onde os dogs puderam acompanhar seus donos em um passeio pela natureza com direito a banho de cachoeira. E muitos restaurantes estão se adequando, a fim de receber as pessoas para jantar com seus doguinhos ao lado, algo que já é super comum no Rio de Janeiro, por exemplo.

 

Existem duas grandes barreiras a serem transpostas ainda, para que os pets sejam declarados oficialmente aceitos em todos os ambientes: A primeira delas é a crença de que os cães são matéria suja e contaminante, e isso, meus amigos, é cultural e reside no passado. Os cães atuais moram em apartamento, tomam banho e fazem hidratação semanais nos pêlos, e usam sapatinhos ao passear na rua, para não sujar as patinhas. Porém essa crença tende a mudar com o tempo e naturalmente; A segunda, é a crença de que os cães gerarão incômodos aos demais clientes, e essa, não depende da sociedade apenas, mas principalmente dos tutores, que, uma vez querendo levar seus amigos peludos para os lugares, terão que investir em educação e adestramento canino, seguindo sempre as regras de etiqueta e boa convivência.

 

Mas tendo viajado bastante e observado o mundo lá fora, tenho a certeza que não se trata de uma ‘moda passageira’, e que a onda PetFriendly veio para ficar. Cada vez mais os casais jovens adotam cães como ‘filhos’ e estão satisfeitos dessa forma. Cabe agora, aos empresários e empreendedores locais, enxergarem essa onda no início e se adequarem o mais rápido possível, para cativar de antemão, um público que, viajando bastante e antenado com os acontecimentos do mundo, conhece as opções que tem lá fora, e, estando em Cuiabá, ainda está sedento por elas.

 

*TALITA MEURER é Arquiteta e cachorreira. Junto com sua Golden Retriever Lilo, viaja o mundo e registra tudo no Instagram @Lilomochileira. Idealizadora do Projeto #PetfriendlyCuiaba que busca unir a comunidade cachorreira em prol da aceitação dos pets nos estabelecimentos da capital.