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Terça-feira, 09 de Outubro de 2018, 16h:39

“O meu sofrimento é enorme, a dor é diária”, diz médica acusada de atropelamento

LUIS VINICIUS

“O meu sofrimento é enorme, a dor é diária”, relata a médica Letícia Bortolini, de 37 anos, sobre o fato de ser investigada pelo atropelamento do verdureiro Francisco Lúcio Maia, de 48 anos, no dia 14 de abril, na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá. O desabafo foi feito em sua rede social, na manhã desta terça-feira (9), enquanto a dermatologista explicava sobre um procedimento realizado em sua clínica.

 

Reprodução

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 O relato foi feito pela médica em uma conta da rede social Instagram

Na oportunidade, Letícia explicava aos seguidores sobre uma condição que leva as pessoas à queda de cabelo e citou o atropelamento do verdureiro como uma das razões de também estar sofrendo com a condição dermatológica.

 

“Eflúvio Telógeno, a queda mais comum de cabelo. Acontece depois de situações traumáticas, estresses cirúrgicos, pós-parto e eu pensei que esse ano eu ia escapar. Depois do parto do meu filho, eu tive esse diagnóstico, mas esse ano eu tive um problema muito grande. Não tem como não dar um reflexo no organismo da gente, um trauma tão grande como eu sofri. As pessoas pensam que a gente não sofre, só porque a gente continua trabalhando, mas o meu sofrimento é enorme, a dor é diária”, disse a profissional em seu storie.

 

Após o relato da médica, a reportagem entrou em contato com a defesa de Letícia para saber se ela gostaria de se pronunciar sobre o caso, mas ela não quis se manifestar.

 

Em setembro, a médica foi denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE) por quatro delitos referentes a morte do verdureiro. Pesa contra ela os crimes de homicídio doloso – dolo eventual - (artigo 121 do Código Penal), omissão de socorro, se afastar do local do sinistro para fugir à responsabilidade e conduzir embriagada (artigos 304, 305 e 306 do Código de Trânsito Brasileiro, na forma do artigo 69 do Código Penal).

 

A denúncia já foi aceita pela Justiça e requer que a médica seja submetida a júri popular e condenada pelo homicídio.

 

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Conforme a denúncia, no dia do atropelamento, por volta das 19h35, na avenida Miguel Sutil, em frente a agência do Banco Itaú do bairro Cidade Verde, a médica, “conduzindo veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool, em velocidade incompatível com o limite permitido para a via, assim como assumindo o risco de produzir o resultado, matou a vítima Francisco Lucio Maia”.

 

 

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