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Quinta-feira, 09 de Agosto de 2018, 08h:00

Aérea europeia de baixo custo chegará ao País

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Terceira maior empresa aérea de baixo custo da Europa, a Norwegian obteve na quarta-feira, 8, autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para voar para o Brasil. Segundo fontes da área técnica da Secretaria de Aviação Civil, a companhia consultou todos os operadores de aeroportos do Brasil e o mais provável é que as operações comecem na rota Rio-Londres. Na alta temporada, a expectativa é que haja voos para o Nordeste.

Operando desde fevereiro deste ano na Argentina, a Norwegian tem preços 40% mais baratos que as concorrentes. Um voo da companhia entre Buenos Aires e Londres pode custar cerca de R$ 3 mil, enquanto o das outras aéreas ronda a casa dos R$ 5 mil.

Em nota, a empresa afirmou que seus preços permitirão que um número maior de turistas possam viajar e deixou claro que considera a ligação aérea entre Brasil e Reino Unido cara. "As atuais conexões são caracterizadas por preços altos e competição limitada."

O especialista no setor aéreo André Castellini, sócio da consultoria Bain & Company, afirma, porém, que as companhias aéreas low cost subestimam os desafios do mercado brasileiro - a argentina Flybondi também pretende começar a voar para o Brasil. "Há uma série de regulações que inviabilizam que elas tenham os custos que imaginavam." Entre esses entraves, ele cita o fato de, no Brasil, a empresa ter de pagar pelo treinamento dos pilotos, o que não ocorre em outros países.

Castellini destaca que o momento econômico brasileiro não é favorável para o setor aéreo, mas diz não acreditar que a proibição da cobrança por escolha de assento possa inviabilizar novas operações.

Expansão

De acordo com dados da Norwegian, a capacidade da companhia no mercado mundial aumentou em quase 50% em comparação às taxas registradas em meados de 2017. Hoje, ela opera mais de 60 rotas intercontinentais. A empresa foi a primeira a introduzir voos low cost entre os EUA e o Reino Unido, em 2014.

Desde então, abriu com onze rotas fora da Europa. Nos últimos meses, a companhia tem sido cortejada por investidores e empresas, entre elas a Lufthansa. O motivo: sua rápida expansão e a decisão de realizar voos transatlânticos.

Em julho, o presidente Bjorn Kjos, disse à imprensa que a fase de expansão de rotas havia terminado e que o foco passaria a ser a redução de custos. Mas recordes continuam sendo registrados. Em julho, ela transportou 3,8 milhões de passageiros, alta de 13% ante julho de 2017. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(Com Agência Estado)