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Segunda-feira, 09 de Julho de 2018, 14h:40

Agro: o campo está em campo

O Vietnã tem cem milhões de habitantes e território equivalente a 30% do Mato Grosso.

PÉRSIO OLIVEIRA LANDIM

 

divulgação

persio oliveira landim

 

Não é somente nos gramados da Copa na Rússia que o Brasil chama atenção, o agronegócio nacional amplia sua conquista por novos territórios. Exportações nas mais diversas culturas colocam o Brasil no protagonismo do agro internacional.

 

Conquistas recentes podem ser evidenciadas, por exemplo, no Vietnã, um memorando assinado tem objetivo de incentivar maior cooperação entre os dois países nas áreas relacionadas à agricultura.

 

Assim, melhorar e facilitar a cooperação técnica entre cientistas e instituições de pesquisa e desenvolvimento agrícola, uma das atividades previstas no acordo, compreendendo intercâmbio de delegações de especialistas, cientistas e estagiários.

 

De acordo com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento estão previstos também a troca de sementes e raças animais, de informações técnicas e documentos, além de organização conjunta de seminários técnicos, workshops, conferências, exposições setoriais, formulação e implementação de projetos de pesquisa.

 

O Vietnã tem cem milhões de habitantes e território equivalente a 30% do Mato Grosso.

 

Outro exemplo de sucesso no setor celebrado recentemente é o acordo Mercosul - Sacu (União Aduaneira formada pela África do Sul, Namíbia, Botsuana, Lesoto e Suazilândia) que assegura preferências tarifárias a mercadorias brasileiras. Os principais produtos agrícolas exportados pelo Brasil para a região são: soja, milho, sorgo, arroz, carnes de aves, fumo não faturado, açúcar, entre outros.

 

Já a Índia comprará do Brasil bois para reprodução e ovos sem patógenos específicos. O gado zebu é originário do país, mas o melhoramento genético realizado no rebanho brasileiro tornou-o atraente a criadores indianos.

 

Maior produtora de leite do mundo, a Índia está investindo na melhoria genética de seu rebanho. Desde 2016, o Brasil exporta sêmen bovino para produtores indianos e, recentemente, autorizou a importação de embriões bovinos “in vivo” (gerados no ventre da mãe).

 

Os dados atuais que foram noticiados pelo Ministério mostram o potencial brasileiro em plena ascensão. Força do agro com efetiva participação dos produtores rurais, empresários do campo que merecem o reconhecimento nacional.

 

Vale lembrar que antes da seleção colocar as chuteiras na Rússia, o agro brasileiro já estava presente com o açúcar, o café e as carnes de frango, suína e bovina.

 

*PÉRSIO OLIVEIRA LANDIM é advogado, especialista em Direito Agrário, especialista em Gestão do Agronegócio, presidente da 4ª Subseção da OAB – Diamantino (MT)