Dois empresários que saíram do aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande-MT, em um voo particular, são reféns de índios da aldeia Àukre Kayapó, no município de São Félix do Xingu, no Estado do Pará.
Eles embarcaram por volta das 9h30 de terça-feira (17). Quatro pessoas ocupavam a aeronave de pequeno porte, o piloto e mais três empresários.
Os empresários trabalham numa empresa de compra de peças e o destino seria a cidade de Altamira, também no Pará. Porém, quando estavam passando pela Serra do Cachimbo, o piloto fez um pouso forçado devido ao mau tempo.
Eles estavam indo comprar peças para uma usina em Altamira. Com o tempo ruim, resolveram pousar em pista homologada, porém, localizada em terra indígena.
O empresário Tito Lívio Correa contou à TV Centro América que quando a aeronave pousou, os índios pegaram os quatro, levaram para um canto da aldeia e pediram R$ 30 mil para liberar eles.
"Eu não tinha os 30 mil e demos três mil reais para eles e a gente pensou que estava tudo resolvido e, quando esperou a chuva passar e que estava entrando na aeronave, eles falaram que a gente tinha que dar 30 mil reais. Eu falei que não tinha este dinheiro e tinha que ir na cidade buscar. Eles deixaram dois amigos nossos lá e me liberou com o piloto para ir buscar o dinheiro", narrou o empresário à TV.
Os empresários que ficaram na aldeia são: Cristian Barreto Lima e Carlos Egídio. Tito Lívio contou que eles pousaram em São Félix do Xingu, entraram em contato com a Funai e ainda não teve retorno.
Da aldeia à sede da cidade, o tempo é de 26 minutos de avião. Segundo ele, por último, ficou sabendo que os índios exigem agora R$ 100 mil para liberar os dois empresários.
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