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Empreendedor Domingo, 27 de Novembro de 2016, 08:32 - A | A

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Domingo, 27 de Novembro de 2016, 08h:32 - A | A

PRAÇA ALENCASTRO

Há três décadas instalado na Praça Alencastro, pipoqueiro mantém clientela fiel

RAYANE ALVES

Há três décadas ocupando o mesmo espaço na Praça Alencastro, Centro de Cuiabá, o pipoqueiro Firminio Pereira de Arruda, 70 anos, tornou-se uma referência no local. É difícil passar pela área e resistir às pipocas doces coloridas ou a de sal com bacon. 

 

Alan Cosme/HiperNoticias

pipoqueiro praça alencastro

 

“Cheguem aqui criançada, tem pipoca doce e tem pipoca salgada”, assim ele atrai e mantém os novos clientes. Grande parte deles são crianças que ficam apaixonadas pela forma do atendimento.

 

Ao HiperNotícias, o pipoqueiro lembrou que quando foi trabalhar no local ainda não havia o ponto de ônibus. Sempre às 19h, os cuiabanos tinham o costume de se reunir no espaço largo de terra para curtir com a família o fim do dia.

 

“Antes eu vendia pipocas em outro ponto da cidade durante a manhã. No final do dia eu vinha para cá porque tinha muita aglomeração de pessoas e como eu era o único comerciante rachava de vender”, sorriu.

 

Outro ponto que fazia os cuiabanos saírem de casa e dar mais lucro para Firminio foi os áureos tempo do Cine Teatro, onde eram apresentados diversos filmes.

 

Lembrando um pouco sua trajetória, o pipoqueiro contou que antes de estourar pipoca como profissão, ele foi encanador autônomo por 10 anos. Porém, certa vez, há 30 anos, o irmão que já trabalhava na área deu dicas de que ele poderia ganhar mais com a pipoca.

Alan Cosme/HiperNoticias

pipoqueiro praça alencastro

 

“Segui o conselho dele e me dei bem. Não preciso trabalhar o dia inteiro, trabalho apenas das 15h às 20h de segunda-feira a sábado. Sou aposentado e poderia estar em casa. Porém, faço porque gosto. Apesar de quebra galho para aumentar meu salário, eu me divirto muito com meus clientes e amigos comerciantes”, afirmou.

 

Há menos de 30 dias, Firminio fez uma cirurgia no olho e, por isso, deveria estar em casa de repouso. No entanto, ele desobedeceu e quando deu 20 dias voltou para o ponto.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

pipoqueiro praça alencastro

 

“Não aguentei ficar em casa. Tenho comigo que o trabalho dignifica o homem. Quero continuar sendo útil para as pessoas. Somente no domingo quando descanso eu sinto falta. Imagina ficar aposentado em casa sem fazer nada pode ser o tédio. Afinal, sou meu próprio chefe posso fazer o que bem quiser e entender”, brincou.

 

 

Por causa da idade, o pipoqueiro aposentou há cinco anos. Desde então, não parou de exercer a atividade que fazia antes. Com 70 anos, lúcido, simpático e cuidando sempre da alimentação, ele prepara as pipocas conforme o movimento do dia.

 

 

“A crise pegou todo mundo. Mas, ainda faço por dia uns R$ 120. Já fiz mais antigamente. Porém, vejo que ainda não regredi porque tem amigos meus que vão embora chorando porque não conseguem vender e ter dinheiro para o alimento do próximo dia. Pra mim já não é aquela coisa porque tenho o benefício, minha maior alegria mesmo é atender os clientes com sorriso no rosto. Isso já é uma satisfação”, frisou.

 

“Sempre escolha o melhor milho para atender ao cliente. E jamais estouro todo o milho para servir a pipoca fria. Apesar de ser coisa simples para comer, temos que oferecer o melhor produto. Falo por conta da experiência que já vivi”.

 

Fora a pipoca de sal, as criançadas podem comprar a doce com direito a três corres. O sabor é um só, apenas a cor que é para dar um maior brilho.

 

 

PRAÇA MODERNA

Alan Cosme/HiperNoticias

pipoqueiro praça alencastro

 

Antes de ter todos os comerciantes instalados em volta da Praça Alencastro, Firminio destacou que vendia muito melhor. Hoje, segundo ele, com a modernidade de produtos fez com que as vendas caíssem.

 

“Hoje o cliente tem picolé, doces, sorvetes, cachorro quente. Então ele vai ao que mais lhe agrada. Com isso, deixei de ser o único comerciante, sem contar que a praça também se modernizou e deixou de ser ponto de encontro da família e agora se tornou ponto de passada dos trabalhadores. Apesar disso, minha alegria como vendedor jamais vai deixar de existir porque também gosto que os companheiros vendam, pois eles têm família para dar o pão de cada dia”, concluiu.

 

 

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