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Economia Sexta-feira, 07 de Outubro de 2016, 11:31 - A | A

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Sexta-feira, 07 de Outubro de 2016, 11h:31 - A | A

Ouro em Queda. Mas Porquê?

MOACIR CAMARGO

No mês de setembro, a política foi o assunto mais discutido nas rodas e redes sociais. A insatisfação do brasileiro em relação à corrupção, com os erros de canetadas e as atrocidades cometidas pelos governantes do PT contra o maior motivo de orgulho dos trabalhadores: a carteira ‘azul’ de trabalho assinada, gerou o resultado tão pífio nas eleições municipais que fez o Partido dos Trabalhadores ser reduzido a 1/3. O PMDB manteve estável o nº de cadeiras e o PSDB saiu como o grande vencedor disso tudo, aumentando a sua representatividade.

 

Mas qual a parcela de culpa da política e os resultados das eleições municipais na recente queda do ouro? A resposta é nenhuma. Foi só a força do hábito em falar de política e mostrar que a população parece estar cada vez mais atenta, e que isso serviu de recado para os nossos representantes públicos de que, daqui em diante, cada vez mais, político ruim não terá vez. Ou acerta de primeira, ou vá procurar outra fonte de renda.

 

Só lembrando que anteontem (05/10/2016), o STF reforçou a decisão de que réu condenado em 2ª instância pode ser preso, aguardado recursos, quando couber, em instâncias superiores encarcerado. Isso tem impacto sobre o ouro e o câmbio, porque gera credibilidade as nossas instituições e aos olhos dos investidores interno e externo.

 

Agora vamos a resposta da pergunta que remete o título deste artigo. Após o ouro ter superado US$ 1.370,00 a onça troy meados de julho, mantendo entre US$ 1.350,00 em agosto e operado na média a US$ 1.325,00 em setembro, tudo levando a crer poderia ter encontrado a sua cotação de equilíbrio, mas no mercado financeiro, até os mais seguros dos investimentos podem sofrer revés.

 

É público e notório a disposição do Federal Reserve em elevar as taxas de juros americanas até o final do ano. Então, à medida que o saldo de dias para terminar o ano se torna menor, mais os investidores vão apostar na valorização do dólar e na queda dos preços do ouro. Mas o FED não visa atacar o ouro, ou apenas valorizar o dólar, ainda mais que tendo um dólar valorizado só prejudica as exportações americanas. O que o Federal Reserve objetiva é devolver a eficiência no uso da taxa de juros como instrumento de política monetária.

 

Agora, o que eu observei a partir do dia 20/09 é o que pode estar fazendo toda diferença na cotação do ouro. Vamos a tese:

 

1º o petróleo reverteu a tendência de baixa e parece que não terá mais o seu suporte em US$ 45,00 o barril, pelo menos nestas 2 primeiras semanas de outubro. Tudo isso por conta do furacão Matthew que arrasou o Haiti e chegará hoje à costa sudeste dos Estados Unidos (categoria 4 – maior categoria é a 5). Tendo esse horizonte de curtíssimo prazo e as consequências que ele pode acarretar, o petróleo dá sinais de que retornará à zona de negociação entre US$ 50,00 e US$ 55,00 o barril tipo brent.

 

2º O ouro vem sofrendo com a possível e pretendida alta dos juros americanos até o final deste ano. A expectativa de alta dos juros vem promovendo uma valorização do dólar frente as principais moedas (+1,7% de 22/09 até 06/10).

 

3º que é a minha principal justificativa: poder estar ocorrendo uma migração de recursos investidos em ouro para contratos futuros de petróleo, visando aproveitar a maior volatilidade do petróleo com perspectivas de valorização.

 

Essa minha teoria teve como ponto de partida o volume de negociação e a cotação dos contratos futuros de petróleo versus contratos futuros de ouro com vencimento em dezembro/2016.

  

Vide gráfico abaixo, comparando as duas commodities a partir de 20/09 até 06/10.

 

Reprodução

Tabela Parmetal

 

 Neste período, 20/09 a 06/10 o petróleo valorizou 14,39% e o ouro perdeu -4,78%. Tanto para o ouro quanto para o petróleo, a reversão fica mais evidente a partir de 29/09.

 

 

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